Posts Tagged ‘Usina Hidrelétrica de Estreito’

Minoritários aprovam compra da usina de Estreito pela Tractebel

outubro 20, 2010

Os acionistas minoritários da Tractebel Energia aprovaram, ontem, em assembleia geral, a compra da participação da GDF Suez na usina hidrelétrica de Estreito. O grupo GDF Suez, que detém 68,7% do capital total da Tractebel, se absteve de votar, seguindo assim a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que em decisão recente entendeu que o grupo franco belga não poderia votar neste tema pelo claro conflito de interesses na operação. O negócio vai custar R$ 604 milhões e incorporar mais de 400 megawatts de energia ao portfólio da geradora Tractebel.

Maurício Bähr, presidente da GDF Suez, diz que modelo de negócios será mantido mesmo sem a prerrogativa de voto

Fonte: http://www.valoronline.com.br/impresso/gdf-suez/2928/324977/minoritarios-aprovam-compra-da-usina-de-estreito-pela-tractebel

CVM DÁ PODERES A MINORITÁRIO NA TRANSFERÊNCIA DE FATIA DA SUEZ NA ESTREITO

outubro 16, 2010

Ações da Tractebel reagem na Bovespa

As ações da Tractebel reagiram bem nesta sexta-feira à decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que dá mais poderes aos minoritários da empresa , considerando que isso deve servir também de referência para casos semelhantes no mercado. A autarquia determinou que o controlador da empresa, a francesa GDF Suez Energy Latin America, não pode votar contratos do mesmo grupo que forem para assembléia. A posição favorece os minoritários numa controvérsia sobre o modelo de transferência da fatia da Suez na hidrelétrica Estreito para a Tractebel.

A operação foi muito criticada pelo mercado, que entendeu que a controladora estava vendendo o ativo para sua controlada por um preço muito acima do mercado. Segundo um analista do setor, que preferiu não ser identificado, o preço de R$ 604 milhões representaria um prêmio de R$ 280 milhões. Os papéis da companhia de energia fecharam em alta de 2,13%, ante uma valorização de 0,19% do Ibovespa.

Governança

“A decisão da CVM estabelece uma prática muito mais saudável do ponto de vista de governança. É uma mudança de paradigma que vai balizar o mercado”, afirma o analista. A ex-diretora da CVM e atual professora de direito societário da PUC-RJ, Norma Parente, afirma que a decisão traz mais proteção aos minoritários e mais segurança para o mercado como um todo.

No último dia 30, a Tractebel já havia tomado medidas em favor dos minoritários e as ações da companhia, que vinham sofrendo nos últimos meses, começaram a reagir. Em linhas gerais, a empresa reforçou práticas de governança, especialmente com a criação de um comitê independente para avaliar as transações de compra de ativos da acionista controladora GDF Suez. O objetivo era evitar que a Tractebel fosse prejudicada comprando ativos da GDF Suez acima do valor de mercado.

A decisão da CVM, feita no dia 9 de setembro, mas só divulgada agora, se somou a esses avanços. “Foi um complemento. As ações já estavam subindo desde o início do mês e hoje subiram ainda mais”, diz o analista.

Conflito de interesse

No julgamento, a CVM entendeu que há conflito de interesse em situações em que o controlador está operando na compra e na venda. Com isso, afirmou que, em operações deste tipo, o controlador não pode votar na assembléia em que o contrato for levado à aprovação de acionistas. O negócio ainda precisa ser aprovado em assembléia marcada para a próxima terça-feira.

Antes da decisão da CVM a aprovação era dada como certa. Agora, dependerá dos minoritários. “As consequências são imprevisíveis. O controlador pode ter que negociar. No pior dos mundos, o negócio não sai, mas isso não seria bom nem para a própria Tractebel”, afirma o analista.

Jirau

A mesma regra também altera o cenário favoravelmente para os minoritários em relação à usina de Jirau. Metade do projeto, nas mãos da GDF Suez, está programada para passar para a Tractebel até 2012. Agora, segundo especialistas, os acionistas minoritários terão mais segurança de que pagarão um preço justo pelo ativo. A decisão da CVM, que muda uma posição histórica do órgão, servirá para todo o mercado.

Norma Parente elogiou os votos bem fundamentados da cúpula da autarquia e afirmou que a CVM deveria transformar a decisão em parecer de orientação, já que, sem isso, a regra poderia mudar caso haja uma nova mudança de diretoria. A especialista lembra que isso já aconteceu no passado. Uma decisão na mesma linha foi tomada no ano de 2000, mas após uma mudança do colegiado acabou não se perpetuando. “Tivemos nove anos de lacuna desta interpretação. Um parecer de orientação evitaria essa insegurança jurídica”, afirmou.(AE)

Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=86324

Dutra defende atingidos por barragem de Estreito

outubro 7, 2010

 

dutraO deputado Domingos Dutra (PT-MA) afirmou em pronunciamento no plenário que, passadas as eleições, pretende retomar a luta em defesa dos atingidos pela Hidrelétrica de Estreito. “Essa é uma obra importante para o País, mas que não pode passar por cima dos direitos desses atingidos, que são as populações de Estreito e Carolina, no Maranhão, e Filadélfia, Barra do Ouro, Itaguatins e outros municípios de Tocantins”, disse Dutra.

De acordo com o parlamentar petista, é preciso estar vigilante. “Fui informado hoje de que o lago começou a ser enchido sem a licença de operação fornecida pelo Ibama. Vou continuar vigilante e me informar sobre este fato. A produção de energia no País não pode ser feita com o sacrifício desses brasileiros”, ressaltou Domingos Dutra.

Gizele Benitz

Fonte: http://www.informes.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4929:dutra-defende-atingidos-por-barragem-de-estreito&catid=1:latest-news&Itemid=108

UHE Estreito entra em operação no início de 2011

outubro 6, 2010

Uma das obras privadas mais importantes em andamento na região Norte do Brasil, a Usina Hidrelétrica do Estreito está localizada no Rio Tocantins, na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, e deve ficar pronta no início do próximo ano. As obras avançam em ritmo alucinante e o cronograma físico já está 85% concluído. São mais de 10 mil homens trabalhando, informa o Consórcio Estreito de Energia (Ceste), responsável pela obra e pela operação da usina, que prevê também para o início do ano o funcionamento da primeira unidade geradora. Ao todo, a Usina de Estreito terá oito unidades geradoras, com 1.087 megawatts de potência instalada.
Para construir toda a barragem, a previsão do Ceste é que sejam consumidos um milhão de metros cúbicos de concreto. Esta quantidade seria suficiente para erguer 12 estádios de futebol do tamanho do Maracanã. Deste total, faltam apenas 60 mil metros cúbicos para serem lançados. A estrutura do vertedouro, que está no lado tocantinense do canteiro de obras, os operários já montam as últimas das 14 comportas. A barragem de terra por sua vez, que fará a ligação entre as estruturas do vertedouro e a casa de força, tem previsão de ficar pronta até o final deste mês de setembro.

Geração
A casa de força, responsável por abrigar os oito geradores de energia da UHE Estreito, tem a sua estrutura localizada no lado maranhense do canteiro de obras. Neste local, segue a fase de montagem das demais turbinas, sendo aguardada para o mês de outubro, a descida do rotor do gerador da primeira unidade geradora, que é a última grande peça a ser instalada antes da geração de energia desta unidade.
Adalberto Rodrigues, Gerente Geral de Obras do Consórcio Estreito Energia – Ceste, a montagem das comportas é um dos próximos desafios a serem cumpridos. Elas estão localizadas na casa de força e na tomada d’água. É através dessa estrutura que água do reservatório vai passar para movimentar as turbinas e gerar energia. “Assim como as comportas do vertedouro, que estão quase totalmente montadas, na casa de força e na tomada d’água, também concentramos esforços para que tudo esteja pronto dentro do prazo previsto”, assegura. As comportas da casa de força e tomada d’água servem para a vedação das unidades geradoras, possibilitando a manutenção das máquinas.
Todas essas estruturas da Usina Hidrelétrica Estreito estão na reta final para dar início ao próximo marco do empreendimento: o enchimento do reservatório, no Rio Tocantins, que deve começar assim que a licença de operação for emitida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
Com investimentos na ordem de R$ 3,6 bilhões, a UHE Estreito é uma dos maiores projetos de geração de energia elétrica em construção no país e uma das obras prioritárias do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal.

Turbinas
Depois que a UHE Estreito entrar em operação, a água do reservatório, ainda a ser formado, será conduzida pela tomada d’água até a casa de força, onde estarão instaladas as turbinas. A rotação das turbinas transformará a força do movimento da água em energia mecânica. Esta rotação será transmitida para os geradores, que transformarão a energia mecânica em energia elétrica. Após passar pelas turbinas, a água será devolvida ao leito natural do rio. A energia produzida nos geradores será direcionada para a subestação localizada dentro do canteiro de obras da usina, que será transmitida por cerca de 140 km de linhas de transmissão até a subestação de Imperatriz. De lá, a energia produzida na Usina de Estreito será distribuída aos consumidores por meio do Sistema Interligado Nacional.

Fonte: http://www.tribunadoplanalto.com.br/tocantins/10500-uhe-estreito-entra-em-operacao-no-inicio-de-2011.html

UHE Estreito tem 85% do seu cronograma físico concluído

setembro 24, 2010

As obras de implantação da Usina Hidrelétrica Estreito, localizada entre os estados do Maranhão e Tocantins, avançam em ritmo acelerado e já contam com mais de 85% do cronograma físico concluído. Cerca de 10 mil homens trabalham para que a primeira unidade geradora comece a funcionar no início do próximo ano. Ao todo, a Usina de Estreito terá oito unidades geradoras, com 1.087 megawatts de potência instalada.

Para se ter ideia, dos cerca de um milhão de metros cúbicos de concreto a serem utilizados até o final da obra, suficientes para a construção de 12 estádios do porte do Maracanã, restam apenas 60 mil metros cúbicos a serem lançados. Na estrutura do vertedouro, localizada no lado tocantinense do canteiro de obras, as últimas das 14 comportas estão sendo montadas. Já a barragem de terra, que ligará as estruturas do vertedouro e casa de força, deve ser concluída no final deste mês de setembro.

Na casa de força, estrutura localizada no lado maranhense do canteiro de obras e que abrigará as oito unidades geradoras de energia, segue a fase de montagem das demais turbinas, sendo aguardada para o mês de outubro, a descida do rotor do gerador da primeira unidade geradora, que é a última grande peça a ser instalada antes da geração de energia desta unidade.

De acordo com o Gerente Geral de Obras do Consórcio Estreito Energia – Ceste, Adalberto Rodrigues, está entre os próximos desafios, a montagem das comportas, localizadas na casa de força e na tomada d’água, estrutura por onde a água do reservatório entra para movimentar as turbinas. “Assim como as comportas do vertedouro, que estão quase totalmente montadas, na casa de força e na tomada d’água, também concentramos esforços para que tudo esteja pronto dentro do prazo previsto”, assegura. As comportas da casa de força e tomada d’água servem para a vedação das unidades geradoras, possibilitando a manutenção das máquinas.

Todas essas estruturas da Usina Hidrelétrica Estreito estão na reta final para dar início ao próximo marco do empreendimento: o enchimento do reservatório, no Rio Tocantins, que deve começar assim que a licença de operação for emitida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
Com investimentos na ordem de R$ 3,6 bilhões, a UHE Estreito é uma dos maiores projetos de geração de energia elétrica em construção no país e uma das obras prioritárias do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal.

Saiba mais:

Depois que a UHE Estreito entrar em operação, a água do reservatório, ainda a ser formado, será conduzida pela tomada d’água até a casa de força, onde estarão instaladas as turbinas. A rotação das turbinas transformará a força do movimento da água em energia mecânica. Esta rotação será transmitida para os geradores, que transformarão a energia mecânica em energia elétrica.

Após passar pelas turbinas, a água será devolvida ao leito natural do rio. A energia produzida nos geradores será direcionada para a subestação localizada dentro do canteiro de obras da usina, que será transmitida por cerca de 140 km de linhas de transmissão até a subestação de Imperatriz. De lá, a energia produzida na Usina de Estreito será distribuída aos consumidores por meio do Sistema Interligado Nacional.

Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/2010/9/24/uhe-estreito-tem-85-do-seu-cronograma-fisico-concluido-132619.htm

Falta de comunicação entre Defesa Civil e Ceste causa prejuízos aos barraqueiros das praias Cacau e do Meio

setembro 22, 2010

Os Barraqueiros das praias do Cacau e do Meio foram surpreendidas com o aumento das águas no rio Tocantins ocorrido na madrugada de segunda para terça, o motivo da cheia foi causada pela abertura das comportas da Hidrelétrica de Estreito, ocorrida domingo à noite.

Por falta de comunicação do Diretor da Defesa Civil do Município de Imperatriz, Francisco do Planalto com diretor de Engenharia do Consorcio Estreito Energia (Ceste) Carlos Castanho, este fato não teria acontecido.

As comportas da Hidrelétrica foram abertas para teste, caso tivesse acontecido o monitoramento, por parte da Defesa Civil, estes prejuízos aos barraqueiros seriam menor.

Outro fato que revoltaram os barraqueiros foi a falta de apoio por parte do chefe da Defesa Civil, alguns barraqueiros disseram que um simples telefonema para Estreito o mesmo seria comunicado deste teste, e eles antecipadamente recolhiam seus objetos.

Ate agora o chefe da Defesa Civil não emitiu nenhuma nota sobre a cheia e porque que não houve esta comunicação entre Ceste e Defesa Civil.

Veja abaixo fotos do Blog do Paulo Negrão e do Ceste.





Fonte: http://noticiadafoto.blogspot.com/2010/09/falta-de-comunicacao-entre-defesa-civil.html

Moradores interditam a rodovia Belém-Brasília

setembro 1, 2010

Trabalhadores rurais protestam contra as indenizações pagas por consórcio.

SÃO LUÍS – Moradores de áreas que serão inundadas pela hidrelétrica de Estreito interditam a rodovia Belém-Brasília.

Trabalhadores rurais interditaram nesta quarta-feira (1º), por quase duas horas, a rodovia Belém-Brasília, em protesto contra as indenizações pagas pelo consórcio que está construindo a hidrelétrica de Estreito. Assista à Reportagem da TV Mirante.

 

 

Fonte: http://imirante.globo.com/noticias/2010/09/01/pagina252459.shtml

MPF/TO apoia impactados da hidrelétrica de Estreito

setembro 1, 2010

Da Assessoria de Comunicação do MPF/TO O procurador da República no Tocantins Álvaro Manzano externou seu apoio à manifestação pacífica realizada pelos impactados pela UHE de Estreito contra o tratamento que vem sendo prestado pelo empreendedor, o Consórcio Estreito Energia (Ceste). “De forma geral, o Ceste tem tratado muito mal os impactados pela obra. A recusa em participar de reuniões e negociar agrava ainda mais a situação”, disse o procurador. A marcha com pelo menos mil integrantes organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e outras organizações populares chegou nesta quarta-feira, 1º de setembro, à cidade de Estreito, no Maranhão, onde já existe há cerca de um ano um acampamento próximo à entrada do canteiro de obras. Segundo o coordenador do MAB, Cirineu Rocha, a pauta de reivindicações já foi entregue a um representante do Ceste. Os manifestantes querem o cumprimento de propostas dos pescadores, o reconhecimento de meeiros, arrendatários e extrativistas, entre outras categorias, que foram cadastrados pelo Incra, mas não recebem tratamento do consórcio, definição e cumprimento de acordos com os povos indígenas, negociação para resolver problemas estruturais nos reassentamentos, revisão das áreas consideradas de risco, com possíveis novas indenizações, reconhecimento e indenização de barqueiros e barraqueiros e reposição das áreas públicas alagadas (em especial a dos assentamentos) para assentar famílias carentes, ao invés de indenização à União.

Fonte: http://amarnatureza.org.br/site/mpfto-apoia-impactados-da-hidreletrica-de-estreito,69071/

Manifestantes protestam contra a hidrelétrica de Estreito

agosto 31, 2010

Eles ameaçam invadir a usina e fechar a BR-010, na entrada da ponte que liga o MA e TO.

SÃO LUÍS – O Movimento dos Atingidos por Barragens está, neste momento, se encaminhando para a entrada da hidrelétrica de Estreito, a 140 km de Imperatriz. Eles ameaçam invadir a usina e fechar a BR-010, na entrada da ponte que liga os Estados do Maranhão e do Tocantins. Mais de seiscentas pessoas protestam entre outras coisas, contra o valor pago pela desapropriação de terras e casas feita na área atingida pela barragem pelo consórcio responsável pela obra. A Polícia Militar está no local e tenta negociar com os manifestantes.

Fonte: http://imirante.globo.com/noticias/2010/08/31/pagina252274.shtml

Atingidos pela UHE Estreito continuam marcha por direitos

agosto 30, 2010

Entre outras categorias, os pescadores serão afetados nas condições de trabalho e transporte, pois o lago da barragem alterará toda a forma de vida existente no rio e impedirá o livre deslocamento das pessoas

Cerca de 600 atingidos pela Usina Hidrelétrica de Estreito, que está sendo construída entre o estado do Tocantins e Maranhão, estão em marcha desde o último dia 23. Eles saíram da cidade de Araguaína e seguem em direção à cidade de Estreito, num trajeto de 125 quilômetros. Com a marcha, os atingidos querem pressionar para que as empresas responsáveis pela obra os indenizem e reconheçam seus direitos. A previsão de chegada é para o próximo dia 1º de setembro.

Além dos atingidos organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a marcha também conta com a participação e organização do MST, CPT, colônia de pescadores, movimento de direitos humanos e o movimento de mulheres. A Usina Hidrelétrica de Estreito é de propriedade das empresas Suez, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa, que conformam o Consórcio Ceste Energia. Diversas famílias atingidas pela obra não têm perspectiva de vida, pois não são reconhecidas pelo Consórcio, entre elas as famílias de pescadores, cerca de 1500 segundo levantamento realizado pelo Ministério de Aquicultura e Pesca.

A construção da Usina Hidrelétrica de Estreito irá modificar o leito do Rio Tocantins, alterando o habitat e o movimento dos peixes. Segundo os pescadores, essa modificação irá influenciar na quantidade, na disponibilidade e na qualidade do pescado existente na região. Além disso, a partir do desvio do Rio Tocantins para a construção da barragem, a passagem dos barcos descendo o rio em direção à cidade de Estreito foi obstruída, tirando dos pescadores e de outras pessoas o direito de locomoção.

“O processo de implementação da usina de Estreito tem sido um dos mais perversos dos últimos tempos no setor elétrico. A falta de dialogo, de critérios, e, sobretudo, de participação das famílias atingidas nas negociações tem causado a violação dos direitos humanos, tais como: o direito à alimentação, à terra e ao rio para trabalhar, à moradia digna, à saúde, entre outros”, afirmou Cirineu da Rocha, coordenador do MAB.

Flávio Gonçalves, também coordenador do Movimento diz que o objetivo da marcha é chamar atenção dos representantes do Consórcio Estreito Energia para que eles discutam os prejuízos que a usina tem causado às famílias atingidas. “Nós estamos aqui para tentar resolver o impasse, mas a empresa se nega a nos ouvir”, acrescentou.

Já foram construídas várias barragens no Rio Tocantins, à saber: Serra da Mesa, Cana Brava, São Salvador, Peixe Angical, Lajeado, Estreito, e Tucuruí, e existem projetos para construção de outras tantas, como Ipueiras, Tupiratins, Serra Quebrada e Marabá. O MAB denuncia que as empresas de energia estão transformando o Rio Tocantins em um imenso lago e deixando as famílias na miséria. “Milhares de pessoas já foram e serão atingidas. A maioria delas sobrevive da pesca, do plantio das vazantes e da coletas de frutos de uma maneira muito íntima com o espaço, daí a necessidade urgente do reconhecimento de pescadores, extrativistas, oleiros, vazanterios, barraqueiros e barqueirosi como atividades a serem impactadas e assim pensarmos, construirmos e implementarmos políticas que levem em consideração essas categorias”, afirmam os coordenadores do MAB do Tocantins.

Contatos: (63) 9211 4472
(63) 9242 8468

Fonte: http://www.mabnacional.org.br/noticias/300810_uhe_estreito.html