Arame é uma pequena cidade localizada no interior do maranhão com população de cerca de 30 mil habitantes. A região é formada por relevo de serras e matas fechadas e áreas de difícil acesso, isso faz com que se pratique na região uma grande agricultura de platação de maconha. Os 200 Kg de maconha prensada aprrendidos ontem em Bacabal originados de Arame, não são nada, de onde veio estes, já vieram muito e com certeza virão mais.
Para escoar essa grande produção de maconha, os traficantes usam, como uma das alternativas, a rodovia MA – 008, a estrada fantasma Paulo Ramos – Arame. A estrada é uma das piores do estado e possui acesso de veículos somente no verão, no inverno só de moto ou lombo de mula.
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Porém, o fator que mais contribui para plantação de maconha em Arame, é o fato da cidade ser cercada de reservas indígenas, traficantes se utilizam do território dos índios, invioláveis conforme a legislação, para inibir ações policiais e plantar em grande escala a cannabis sativa, nome ciêntifico da maconha. Em 2003, uma operação da Polícia Federal apreendeu 130 quilos da droga dentro de uma aldeia da região. Os indígenas negam qualquer envolvimento com o tráfico.
Quando questionados sobre as plantações de maconha, os índios colocam a culpa no homem branco. Dizem que o branco se meteu no meio dos índios e são eles quem plantam grandes quantidades.
Na língua indígena a maconha é chamada de “petimarri”. Ela é vendida em diferentes quantidas, variando conforme dinheiro do comprador. Não existe balança de precisão, e eles vendem até na “mãozada”, o que equivale a uma mão cheia de folhas de maconha.
A Polícia Federal já fez várias investidas no município de Arame. Os traficantes, que comandam as grandes plantações, dificilmente são descobertos. Então, sobra para os índios. Entidades de proteção aos grupos indígenas argumentam que os índios são vítimas do narcotráfico.
Semeada por índios guajajaras desde o século 19, a droga é consumida como remédio, estimulante e em rituais festivos nas aldeias. Faz parte da vida cultural dos índios.
A produção de maconha anual no Maranhão é estimada em sete toneladas. O Estado é o segundo maior produtor de maconha do País. A Polícia Federal estipula que cerca de 70% da produção provem de seis aldeias indígenas localizadas nos municípios de Amarante, Grajaú, Arame e Barra do Corda. Por causa deste fato é indisfarçável a presença de narcotraficantes na área, que se aproveitam da inviolabilidade das reservas indígenas (às quais a Polícia Federal não tem acesso sem permissão da Fundação Nacional do Índio).
Fonte: http://www.castrodigital.com.br/2010/09/arame-ma-cidade-agricultura-maconha.html