Archive for the ‘Corrupção’ Category

Escobar é esfaqueado no quartel da Polícia Militar

outubro 4, 2010
Escobar está internado em um hospital da cidade que nao teve o nome divulgado pela polícia. O estado de saúde da vitima é grave e corre risco de morte.
 
 
 

João Batista Silva Mendes, de 40 anos, vulgo “Escobar”, foi esfaqueado na manhã desta sexta-feira. O crime aconteceu dentro do quartel do Comando Geral da Polícia Militar, localizado no Calhau. Quem teria esfaqueado Escobar seria Tobias, um dos acusados da morte de Marco Aurélio Paixão Silva, de 36 anos, o “Matosão”.

“Matosão”, que denunciava crimes praticados no Sistema Penitenciário de São Luís, foi assassinado em julho. A tentativa de assassinato de Escobar aconteceu quando este tomava banho de sol junto com Tobias, que desferiu-lhe vários golpes de faca.

Tobias foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio e o delegado Paulo Matos investiga como a faca usada pelo preso teria entrado no Comando Geral. Escobar está internado em um hospital ainda não divulgado e corre risco de morte.

Fonte: http://www.portalma.com/?pg=news_ler&id=4341&get_1=52&get_2=polic&id_subcateg=Selecione

SSP apresenta balanço da Operação Língua de Trapo

setembro 23, 2010

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) divulgou, na quarta-feira (22), durante entrevista coletiva, o balanço da Operação Língua de Trapo. A ação teve como objetivo cumprir quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão nos Bairros da Camboa e da Liberdade, na Região Metropolitana.

No total, foram presas quatro pessoas, sendo três traficantes (dois homens e uma mulher) e um policial Civil. Os traficantes são: Joevaldo Santos Silva, 29; Jonysson Boré Belo, o “Jonas” e Maria Anunciação Araújo, 53.

O policial Civil, José Washington Texeira da Silva, lotado no 3º Distrito Policial, no Radional, foi detido por ser suspeito de fornecer informações sigilosas de operações policiais executadas em bairros da capital aos três traficantes.

Segundo o superintendente Estadual de Investigações Criminais, Marcos Afonso Júnior, a Operação Língua de Trapo monitorava os passos do envolvimento do policial com os traficantes há aproximadamente quatro meses, por meio de interceptação telefônica e vídeos gravados pelo Sistema de Inteligência da Polícia Civil, no qual José Washington é flagrado conversando com os traficantes.

“Não admitimos de maneira alguma esse tipo de situação. O resultado desta Operação é uma forma de resgatar a imagem positiva construída há anos pela Polícia Civil no estado”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.

O inquérito policial tem trinta dias para ser concluído. A partir das informações levantadas, o policial se condenado, poderá sofrer sanções por processos criminais e administrativos, podendo ser até exonerado dos quadros da Polícia Civil. Eles irão responder pelo crime de tráfico de substâncias entorpecentes e associação para o tráfico.

Material Apreendido

Durante a busca dos envolvidos, os investigadores encontraram nas residências dos traficantes, no Bairro da Camboa, diversas substâncias e objetos ilícitos, entre eles: ½ barra de maconha prensada; oito pedras de crack, sendo três de aproximadamente meio quilo; uma porção grande de pasta base para cocaína; 24 projéteis de pistola 9mm de uso exclusivo das forças armadas; dois projéteis de calibre 12; 18 trouxinhas de crack; oito isqueiros; dois cordões de prata; sacos para embalagens e comercialização das drogas e aproximadamente R$ 130 reais em dinheiro.

A ação operacional contou com a colaboração de equipes da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), do Departamento de Narcóticos (Denarc) representado pelos delegados Geral, Nordman Ribeiro e Cláudio Mendes, e da Superintendência de Polícia Civil da Capital com o apoio da Secretaria-Adjunta de Inteligência e Ações Estratégicas da SSP.

Fonte: http://governoma.blogspot.com/2010/09/ssp-apresenta-balanco-da-operacao.html

MA: preso policial suspeito de vazar mega operação a traficantes

setembro 23, 2010
Eveline Cunha
Direto de São Luís

Um policial civil e três traficantes foram presos nesta quarta-feira, em São Luís (MA), em uma ação denominada pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão de Operação Língua de Trapo. O nome da operação é porque o policial José Washington Teixeira da Silva, que está há 26 anos na função, é suspeito de fornecer informações sigilosas da polícia para traficantes que atuavam na capital maranhense.

Em agosto, uma mega operação que reuniu Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Federal para fechar 75 pontos de venda de drogas na capital foi repassada aos traficantes com antecedência e eles conseguiram fugir. Um dos presos nesta quarta-feira deveria ter sido detido já naquela ocasião.

As investigações começaram em maio, por meio de uma escuta telefônica autorizada pela Justiça na qual o policial teria fornecido informações de uma operação para um traficante. Em um dos trechos da conversa, o policial fala de um “trabalho orquestrado” e marca um encontro com o traficante em frente à delegacia onde ele atuava. O policial diz que vai “dar um toque” sobre o que vai acontecer.

O policial José Washington teve a prisão preventiva decretada e o inquérito policial deve ser concluído em 30 dias. Um inquérito administrativo também foi aberto. Se condenado, ele permanecerá preso e será exonerado da Polícia Civil.

A polícia investiga ainda se outros policiais estão envolvidos no esquema de vazamento de informações para os bandidos. “Nós continuamos investigando para ver se há outras pessoas envolvidas”, afirmou o Secretário de Segurança, Aluísio Mendes.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4692942-EI5030,00-MA+preso+policial+suspeito+de+vazar+dados+para+traficantes.html

Oficial da PM aponta diversas falcatruas no Sistema de Segurança Pública do Estado

setembro 13, 2010

Com farta documentação encaminhada à Procuradoria Geral de Justiça, o coronel Francisco Melo da Silva denuncia dezenas de atos de improbidades administrativos e crimes militares e comuns cometidos tanto na Polícia Militar do Maranhão quanto na Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Segundo a denúncia, encaminhada à Procuradoria Geral de Justiça, os atos irregulares, cometidos a partir do dia 17 de abril de 2009, vão desde o pagamento irregular de diárias a policiais militares, até a compra de passagens aéreas, com dinheiro público, para oficiais da corporação.
De acordo com a representação formulada pelo coronel Melo, o atual comandante geral da PMMA, coronel Franklin Pacheco Silva, logo que assumiu o comando da corporação, uma de suas primeiras atitudes foi utilizar o dinheiro público para comprar passagens de avião para sua esposa e seus filhos, no trecho Imperatriz – São Luís, sem qualquer previsão legal.
O coronel Melo denuncia ainda que a governadora Roseana Sarney mandou mais de 70 oficiais fazerem curso em academia particular, sendo que alguns cursos não têm previsão na legislação específica.
“Em março deste ano, a governadora do Estado, desrespeitando a legislação das instituições policiais militares e a tradição na qualificação profissional, e para obter benefício político, mandou para uma academia de polícia particular, quem nem mesmo seu Estado confia que seus oficiais estudem nesta academia (Academia Coronel Walterler), em Natal-RN, sem que qualquer processo licitatório e contrato por se tratar de relação com instituição privada, mais de 70 oficiais da Polícia Militar do Maranhão, muitos deles não passaram por processo seletivo e alguns cursos não têm nem previsão legal”, afirma o coronel Melo na denúncia ao Ministério Público.
Outra irregularidade: o então secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, anulou – após o transcurso de 16 anos – o ato que excluiu o aluno Marcio de Jesus dos Santos do curso de formação de soldados. Segundo o coronel Melo, o curso teve início em maio de 1993 e término em 15 de dezembro de 1993.
Ocorre que o aluno Márcio de Jesus Santos, antes do término do curso já tinha ultrapassado o limite de faltas escolares previstas no regimento interno da corporação, além de constantes faltas registradas durante o serviço probatório, sendo por estes fatos excluído em setembro de 1993, com mais de três meses para o final do curso.
Entretanto, somente agora, depois de 16 anos de sua exclusão, o aluno Márcio Santos resolveu reclamar da decisão do Estado e conseguiu retornar aos quadros da Polícia Militar do Maranhão. Pelas informações fornecidas pelo coronel Melo, fato semelhante aconteceu com Luís Jorge Marques Coelho, excluído dos quadros da PMMA em 20 de junho de 1991, sendo reincluído em 19 de outubro de 2009. Os ex-soldados foram reincluídos à PM por atos assinados pela governadora Roseana Sarney e publicados no Diário Oficial do Estado.
Dinheiro não é restituído aos cofres públicos – Outro fato que consta na representação feita pelo coronel Melo: Três oficiais superiores da PMMA – o coronel Evanildo Soares da Silva, TC PM José de Ribamar Silva Carvalho e o major Ivaldo de Jesus Soares Barbosa, que foram indicados para fazer cursos fora da corporação, na Academia Coronel Walterler, em Natal, todos foram reprovados por faltas. Para o coronel Melo, isto comprova que muitos oficiais enviados para a Academia Walterler não comparecem para freqüentar o curso.
A Lei nº 4.175, de 20 de junho de 1980, prevê que policiais militares reprovados em cursos pagos pelo Estado devem restituir o dinheiro. “As reprovações” – afirma o coronel Melo – “aconteceram no ano passado e o atual comandante geral da Polícia Militar do Maranhão não abriu nem vai abrir qualquer procedimento administrativo, para apurar as responsabilidades destes oficiais. Pelo contrário, um dos oficiais reprovados continua até hoje em Natal fazendo curso. Isto não é apenas um ato de improbidade administrativa. Além disso, é um crime de prevaricação, que compromete o atual comandante geral da nossa corporação”.
Vários policiais militares estão sendo beneficiados com o recebimento de diárias pagas pela Polícia Militar do Maranhão, para realizarem algumas atividades nas Unidades Policiais Militares do interior do Estado, mas a maioria deles não comparece ao local de destino. “Este fato”, garante o coronel Melo, “está acontecendo em alguns setores da PMMA e todos têm o conhecimento e o aval do Comandante Geral, pois ele, além de Comandante, é o gestor financeiro e assina todas as notas para pagamento, não podendo alegar que não sabe. Ao contrário, faz de forma dolosa”.
Vários carros pertencentes ao patrimônio do Estado, que deveriam ter sido emplacados com placas brancas, tiveram suas placas trocadas por cinzas por determinação do comandante geral da PMMA, contrariando a legislação.
Em sua representação, o coronel Melo solicita ao Ministério Público que seja instaurada ação civil pública e abertura de inquérito policial para apurar os fatos. Ele denuncia ainda “farra de promoção de militares por bravura”, pagamento de diárias a coronéis que não comparecem ao local;
a locação irregular de veículos e o fato de que o comandante geral da PMMA prevaricou no episódio da morte do Cabo Sodré.

Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/blog/manoelsantos/?p=6329

Morte de detento expõe máfia do sistema prisional

julho 22, 2010

Autoridades do sistema prisional do Maranhão serão investigadas pela Promotoria de Justiça, Polícia Federal, Denarc e Secretária de Segurança Pública (SSP).

 Autoridades do sistema prisional do Maranhão serão investigadas pela Promotoria de Justiça, Polícia Federal, Denarc e Secretária de Segurança Pública, depois dos depoimentos prestados pelo motorista Marco Aurélio da Paixão, de 36 anos, assassinado na manhã desta quarta-feira (21), por volta das 7h40, na própria residência, no bairro Ivar Saldanha.

O escândalo do sistema penitenciário no Maranhão veio à público durante uma coletiva de imprensa cedida na sede da Associação Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), pelo ouvidor de Segurança Pública, José de Ribamar de Araújo e o advogado da SMHD Luís Antônio Pedrosa, que revelaram os detalhes de um esquema.

“Matosão”, como era conhecido Marco Aurélio, cumpria pena por tráfico de entorpecentes e no último dia 13 estava em liberdade condicional por ter revelado diversos crimes dentro do sistema prisional. Pela revelação vinha sendo ameaçado de morte após presenciar em Pedrinhas vários assassinatos, abusos de autoridade, tráfico de celulares, armas, drogas, torturas e mortes.  

O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Carlos James Moreira da Silva e Elisier, diretor da Casa de Detenção (Cadet) que estariam ligados diretamente à máfia do sistema penitenciário foram denunciados durante o depoimento ao Ministério Público. Após a morte de Marco Aurélio, a viúva do presidiário prestou depoimento durante a tarde desta quarta-feira e ajudou na realização de um retrato falado dos assassinos.

 Denúncias

Com as denúncias de Matosão, o Ministério Público, que investigava alguns casos, percebeu que boa parte do depoimento se assemelhava aos casos investigados pelo Promotor de Investigação Criminal, Cláudio Guimarães.

“Os denunciados participam de um grupo ativo de extermínio dentro de presídios. Qualquer preso que interferisse na gestão ou dívidas no tráfico estava marcado para morrer. Ele denunciou três mortes que haviam acontecido sem explicação e outras pessoas, segundo o relato, também estão marcadas para morrer. Nomes, números de telefones, nomes de autoridades, presos, agentes penitenciários, foram revelados”, disse Pedrosa.

No presídio, presos negociavam a agilização de processos, redução de pena e liberdade, traficantes de regime fechado, cuidavam em liberdade dos negócios para que o dinheiro fosse repassado a quem lhes garantisse a ausência das celas.

Proteção

Matosão já pressentia a própria morte e pediu proteção que não foi garantida. Ele solicitou ao sistema de segurança porque sabia que estava marcado para morrer. Antes da morte ele procurou a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Cidadanoia, a Ouvidoria de Segurança Pública, para inclusão no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita). O processo havia sido encaminhado após o livramento condicional concedido no dia 13 de junho pelo juiz Jamil Aguiar da Silva, titular da Vara de Execuções Criminais e Penas Alternativas.

Um ofício também havia sido encaminhado pelo ouvidor de Segurança Pública do Maranhão José de Ribamar de Araújo e Silva, ao secretário de Segurança Pública, Aluísio Guimarães Mendes Filhos.  

Luís Pedrosa acredita que a morte de “Matosão” não deve ser banalizada e tida como resultado de confronto entre presos. O procedimento investigatório será instaurado pelos diversos órgãos, assim como a prisão dos acusados o mais breve possível, e os culpados punidos, ressaltou.

Fonte: http://www.oimparcialonline.com.br/print.php?id=53287

Queima de arquivo: detento é morto em casa

julho 22, 2010

Matosão denunciou suposta organização criminosa montada no sistema prisional do Maranhão.

SÃO LUÍS – Denúncias sobre uma suposta organização criminal dentro do Sistema Prisional do Estado do Maranhão podem ter resultado na morte de Marco Aurélio Paixão Silva, 36 anos, conhecido como Matosão. A possível queima de arquivo aconteceu na manhã desta quarta-feira (21), às 7h40, na quitinete onde estava vivendo em livramento condicional, no bairro Ivar Saldanha.

Matosão foi condenado por tráfico de drogas e, depois de três anos e quatro meses cumprindo pena em regime fechado, ele conseguiu livramento condicional, após, inclusive, ter decidido denunciar a suposta organização criminosa, que teria a participação de autoridades públicas, agentes penitenciários e até agentes da Polícia Federal. Essas informações foram relatadas pelo presidente da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Luís Antônio Pedrosa, em entrevista coletiva na tarde de hoje. “Eu ouvi o depoimento de Matosão ao Ministério Público, à OAB. Ele afirmava que existe uma organização criminosa dentro do sistema prisional do Estado, que lida com tráfico de drogas e tráfico de armas”, relata Pedrosa durante a entrevista.

Citando nomes, números de telefones e outros detalhes, Matosão, segundo a SMDH, registrou depoimentos ao Ministério Público e a um dos representantes do Conselho Nacional de Justiça, durante o mutirão carcerário. Ele, também, revelou essas informações em um programa policial da TV Difusora. Após as denúncias, Matosão estava tentando proteção. Nos últimos dias, estava passando pelos procedimentos para ingressar no Programa de Proteção a Testemunha. Nesta quarta-feira (21), ele daria o último passo para obter, definitivamente, a proteção.

Crime

Marco Aurélio Paixão Silva, 36 anos, foi assassinado às 7h40 desta quarta, na quitinete onde estava vivendo em livramento condicional. O crime foi testemunhado pela sua esposa, com quem tinha três filhos. Ela já depôs à polícia e fará o retrato falado dos dois responsáveis pelo crime.

De acordo com Luís Pedrosa, o crime foi cometido por dois homens, que chegaram ao local se identificando como interessados em alugar quitinetes. Depois de uma curta conversa com Matosão, os dois dispararam vários tiros contra ele.

Em depoimento, a viúva relatou que, há uma semana, notou que pessoas rondavam o local. Outras três testemunhas do assassinato também confirmaram a desconfiança. De acordo com a SMDH, a viúva já está com proteção da polícia, e a Delegacia de Investigações Criminais está investigando o caso.

Fortes denúncias

Segundo a SMDH, Marco Aurélio teria o perfil psicológico de desincompatibilizar com situações facilmente. Por ter se negado a colaborar com a suposta organização criminosa, ele teria percebido que iria ser “executado” dentro da própria penitenciária e procurou a Ouvidoria do Sistema Penitenciário, Ordem dos Advogados do Brasil/Maranhão, Ministério Público e SMDH.

De acordo com seus depoimentos, um dos chefes da organização criminosa seria o secretário-adjunto da Administração Penitenciária, Carlos James. Segundo a SMDH, em depoimento, Matosão afirmou que as mortes dentro do sistema prisional do Maranhão passaram a acontecer com mais frequência depois que ele assumiu o cargo. “Matosão dizia que tentavam dizer que as mortes aconteciam por desentendimento entre os presos, mas que, na verdade, eram execuções, pois esses presos não colaboravam com o tráfico de drogas, por exemplo”, revelou Antônio Pedrosa. De acordo com a SMDH, aconteceram 46 mortes no sistema prisional do Estado nos últimos dois anos.

A investigação sobre as denúncias de Marco Aurélio, o Matosão, está sendo feita pelo Ministério Público, Polícia Civil, com a cooperação da Polícia Federal.

Segurança Pública

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o secretário Adjunto de Administração Penitenciária, Carlos James Moreira, disse que já existe um inquérito para apurar o teor das declarações feitas por Matozão em andamento no 12º Distrito Policial. Ainda referente aos fatos citados nas denúncias de Marco Aurélio, a Secretaria de Segurança Pública já determinou a abertura de uma sindicância administrativa na Corregedoria de Estabelecimentos Penais para averiguar possíveis desvios de condutas praticados pelos servidores que tiveram seus nomes divulgados.

Em relação à elucidação do homicídio, a SSP informou que as investigações foram iniciadas, imediatamente, pelas polícias Civil e Militar, inclusive diligências estão sendo feitas, a fim de localizar os dois elementos suspeitos de cometerem o assassinato.

Qualquer informação sobre o caso pode ser repassada ao Disque-Denúncia pelos telefones 3223-5800 (capital) ou 03003135800 (interior).

Fonte: http://imirante.globo.com/noticias/pagina248300.shtml

Prefeito de Serrano sacou R$ 4 milhões irregularmente

março 22, 2010

OPERAÇÃO RAPINA 5
Vagno Pereira, o “Banga”, foi preso na sexta-feira após sacar, com cheques avulsos, R$ 22.600 do FPM e R$ 10 mil do Fundo Nacional de Saúde

Fonte: POR JULLY CAMILO – JORNAL PEQUENO

Em entrevista coletiva concedida ontem pela manhã, o delegado federal Pedro Roberto Meireles Lopes revelou que Vagno Pereira, o “Banga” (PT do B), 39 anos, prefeito em exercício de Serrano do Maranhão sacou um total de R$ 4 milhões de dinheiro público, de forma irregular, ou seja, com cheques avulsos. “Banga” foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira, 19. De acordo com o delegado, que preside o inquérito sobre o caso, é prática corriqueira, no estado, a realização, por parte dos gestores públicos, de saques com cheques avulsos, efetuados por gestores públicos, em nome de suas respectivas prefeituras, o que torna a transação irregular. “Pagamento com dinheiro público deve ser feito com cheque nominal ao fornecedor de serviço ou bem, ou por meio de ordem bancária, e não sacado em cheque avulso em nome da prefeitura”, explicou Pedro Meireles.

O gestor de Serrano (situada a 480 quilômetros de São Luís) foi preso na sexta-feira após sacar R$ 22.600 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e depositar na conta de dez pessoas físicas, algumas próximas a ele, além do saque de R$ 10 mil do Fundo Nacional de Saúde (FNS), mais precisamente do programa federal Piso de Assistência Básica (PAB), tendo como favorecida a Câmara de Vereadores. Para o delegado Pedro Meireles, os saques do prefeito com cheques avulsos não querem dizer que a verba tenha sido desviada.

Além de Vagno Pereira – que em 2008 foi eleito vice-prefeito de Serrano do Maranhão na chapa de Leocádio Olímpio Rodrigues (PDT), prefeito afastado há cinco meses -, foi preso o irmão de “Banga”, Elton Pereira. As prisões ocorreram no município de Cururupu (a 451 quilômetros de São Luís, vizinho a Serrano), em decorrência da Operação Rapina 5, que tinha por objetivo investigar denúncias relativas à má aplicação de recursos públicos destinados ao município de Serrano.

Outras cidades – O delegado Pedro Meireles afirmou que a Operação Rapina 5 foi criada exclusivamente para apurar o caso de Serrano do Maranhão, mas isso não impede que outras cidades também possam ser investigadas. Segundo Pedro Meireles, o prefeito anterior do município – Leocádio Rodrigues – foi afastado pelo Ministério Público Estadual por desvio de verba pública, e também está sendo investigado pela PF, por efetuar vultosos saques de recursos federais.

“Esta operação é um trabalho contínuo das edições anteriores da Rapina. Fizemos uma série de investigações veladas na cidade e conseguimos identificar os acusados pelas operações financeiras fraudulentas. Com eles encontramos comprovantes de transferências bancárias ilícitas, originadas das contas da Prefeitura Municipal de Serrano do Maranhão. Com o banco, obtivemos cópias dos cheques avulsos utilizados nas transações, bem como das fitas de caixa, que revelaram os destinatários dos recursos”, relatou Pedro Meireles.

O delegado explicou que todas as verbas públicas federais do município foram sacadas de forma irregular, e, devido à natureza distinta das verbas envolvidas, foram abertos dois inquéritos, posteriormente encaminhados ao Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão e ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília/DF. As pessoas que receberam o dinheiro oriundo da transação irregular também serão investigadas. A Controladoria Geral da União (CGU) também atuou na Operação Rapina 5 e estará monitorando o sistema corporativo de todas as prefeituras, a fim de evitar ações ilícitas.

Os presos foram indiciados nas penas do Decreto-lei nº 201/1967, art. 1º, incisos I, III e XIV que tratam da apropriação e desvio de verbas públicas, bem como negar execução de lei federal.

A Rapina 5 foi desencadeada por 10 policiais federais da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, além do apoio técnico da CGU. Os dois presos, que estavam na carceragem da Polícia Federal, no Bairro da Cohama, seriam encaminhados ainda ontem para uma unidade prisional da capital, a ser designada pela Secretária de Segurança Pública.


PF já prendeu 20 prefeitos em cinco operações ‘Rapina’ e na ‘Orthoptera’

POR OSWALDO VIVIANI
Com a prisão, na sexta-feira (19), do prefeito em exercício de Serrano do Maranhão, Vagno Pereira (PT do B), já são 20 os prefeitos ou ex-prefeitos maranhenses presos pela Polícia Federal desde dezembro de 2007, quando foi desencadeada a Operação Rapina 1. Eles foram pegos na “malha fina” dos órgãos investigadores – além da PF, o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União -, que fiscalizam a utilização dos recursos públicos por parte dos gestores. Veja a seguir o “listão” dos prefeitos e ex-prefeitos do Maranhão presos nas cinco operações Rapina e na Operação Orthoptera.

RAPINA 1 (13 de dezembro de 2007)
1. José Cardoso do Nascimento, o “Zé Tude” (PSC), de Araioses
2. Maria Sônia Oliveira Campos, a “Soninha” (DEM), de Axixá
3. Iara Quaresma do Vale Rodrigues (PDT), de Nina Rodrigues
4. Marinalva Madeiro Neponucena Sobrinho (PSB), de Tufilândia
5. Aldenir Santana Neves (PDT), de Urbano Santos
6. Abnadab Silveira Leda (PTB), de Urbano Santos
7. Cleomar Tema Carvalho Cunha (PSB), de Tuntum
8. Luiz Gonzaga Muniz Fortes Filho, o “Gonzaguinha” (PT do B), de S. Luís Gonzaga
9. Francimar Marculino da Silva, o “Mazim” (PMDB), de Gov. Newton Bello
10. João Teixeira Noronha (PMDB), de Paulo Ramos

RAPINA 2 (2 de abril de 2008)
11. Domício Gonçalves da Silva (PRB), de Centro Novo do Maranhão
12. Perachi Roberto de Farias Moraes (PDT), de Marajá do Sena

RAPINA 3 (5 de março de 2009)
13. Dioni Alves da Silva (PSDB), de Ribamar Fiquene
14. João Alves Alencar, o “João do Oliveira” (PR), de Senador La Rocque

RAPINA 4 (28 de abril de 2009)
15. Nelson Ricardino Castilho (PTB)
16. Patrícia Maciel Ferraz Castilho (DEM), de Montes Altos
17. Washington Luís Silva Plácido (DEM), de Governador Edison Lobão
18. Idélzio Gonçalves de Oliveira (PTB), de São Pedro da Água Branca
RAPINA 5 (19 de março de 2010)
19. Vagno Pereira (PT do B), de Serrano do Maranhão

ORTHOPTERA (17 de novembro de 2009)
20. Heloísa Helena Franco Leitão (DEM), de Alcântara

http://www.jornalpequeno.com.br/2010/3/23/prefeito-de-serrano-sacou-r-4-milhoes-irregularmente-139489.htm