Posts Tagged ‘Centro de Lançamento de Alcântara’

AGU Acelera Processos de Desapropriação Envolvendo o CLA

outubro 10, 2010
Grupo trabalho para acelerar desfecho de
pendências judiciais relacionadas a terras

O Estado do Maranhão
09/10/2010

Douglas Júnior
Foguete é lançado do CLA;
área continua com pendências judiciais

 

A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio da Procuradoria da União no Maranhão constituiu um grupo de trabalho com o objetivo de proceder ao levantamento de todos os processos que envolvem o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Desde a sua instalação, em junho deste ano, a equipe identificou a existência de 81 ações de desapropriação, propostas no início dos anos 1990, que visam transferir a propriedade das terras situadas na área do CLA para a União e a indenização das pessoas que nela habitavam.
Segundo o advogado da União, Paulo José Monteiro Santos Lima, procurador-Chefe Substituto da União no Maranhão que comanda a equipe, o grupo trabalha com o propósito de levar a um rápido desfecho as pendências jurídicas existentes nesses processos. “Isso significa atuar para garantir que seja atendido tanto o interesse público, a fim de assegurar a continuidade do Programa Espacial Brasileiro, quanto o interesse social, com o respeito aos direitos dos quilombolas e a preservação do meio ambiente”, explica.
Em uma análise preliminar, verificou-se que vários desses processos se encontram em fase final, ou seja, com a desapropriação consumada. Em alguns deles foram identificadas pendências como ausência de mandatos de translativos de domínio (transferência de propriedade para a União) e de imissão definitiva de posse. Já em outros foi constatado que nem todos os expropriados haviam sido citados ou se manifestado nos feitos. Em razão destas constatações, a Procuradoria da União no Maranhão tem diligenciado junto ao CLA e peticionado perante a Justiça Federal da 8ª Vara, a qual é especializada em ações fundiárias e ambientais.
Operações – O Centro de Lançamento de Alcântara foi projetado para exercer as atividades operacionais necessárias ao cumprimento das missões de lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais e de coleta e processamento de dados de suas cargas úteis, bem como a execução de testes e experimentos de interesse da Aeronáutica, relacionados com a política nacional de desenvolvimento aeroespacial.
Atualmente, 620km² do município de Alcântara estão desapropriados para a implantação do CLA, sendo que apenas um terço dessa área será efetivamente de aplicação operacional. O restante destinar-se-á aos reassentamentos e a áreas de preservação ambiental.
Fonte: http://brazilianspace.blogspot.com/2010/10/agu-acelera-desapropriacao-envolvendo-o.html

Quilombolas não aceitam acordo para ampliar a área do Centro de Lançamento de Alcântara

outubro 7, 2010

Central de Notícias

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) participou na última terça (05) de reunião com representantes das comunidades quilombolas de Alcântara para discutir iniciativa do Governo Federal de ampliar a área do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) além dos limites já determinados em demarcação da área das comunidades quilombolas feito pelo INCRA no ano de 2008.

A reunião foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcântara e por representantes da comunidade de Mamuna para a discussão da nova iniciativa do Governo Federal de promover o deslocamento de várias comunidades quilombolas afetadas pela instalação do CLA.

(Foto: Divulgação)

Segundo os representantes das comunidades quilombolas, a Agência Espacial Brasileira (AEB) quer ampliar para 20 mil hectares a área destinada à construção de um corredor de lançamentos de foguetes e equipamentos espaciais, contrariando o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação – RTID elaborado pelo INCRA, que dizia que a área seria tradicionalmente ocupada por quilombolas, no qual ficou definido que as atividades do CLA ficariam restritas à uma área de 8,7 mil hectares. Na tentativa de ampliar a área, o Governo Federal encaminhou um pedido à Advocacia-Geral da União (AGU) para que faça um parecer técnico e jurídico consolidando a nova destinação das terras da região e a ampliação da área ocupada pelo CLA.

Na reunião, o advogado Luis Antônio Pedrosa, representante da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcântara, afirmou que “não vê possibilidade de acordo no sentido de deslocamento. O relocamento vai atingir cerca de 250 famílias e já existe um acordo em torno do RTID, no qual as comunidades já abriram mão de parte de seu território. O sindicato vai comunicar o MPF sobre a insatisfação com a proposta da AGU”.

O representante da comunidade de Baixa Grande, Samuel Araújo Moraes, também se posicionou contra a relocação compulsória da população que reside nas comunidades quilombolas. “As pessoas não imaginam o prejuízo que isso causa às comunidades” afirmou.

Samuel ressaltou que as comunidades pretendem apresentar ao MPF um abaixo-assinado de todos os povoados ameaçados de serem relocados. Segundo o representante, as 313 famílias que já foram relocadas anteriormente ficaram prejudicadas, as agrovilas tiveram o módulo rural reduzido, ficaram longe do litoral, sendo necessário até mesmo o uso de crachá, por parte dos moradores, para acesso à determinadas áreas da praia, além de percorrerem distâncias de até 8 quilômetros para acessarem recursos naturais essenciais como igarapés.

Já a presidente da Associação dos Moradores de Mamuna, Militina Garcia Serejo, considera “péssima a tentativa da AGU de propor novas relocações” e não concordam com qualquer tentativa de ampliação da área já definida anteriormente. “Nós vamos fazer reuniões e abaixo-assinado, vamos recorrer ao gestor do município, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcântara, à Sociedade de Direitos Humanos, ao MPF e a todos que possam nos ajudar a impedir que as famílias sejam relocadas de suas terras”, afirmou Militina. Maria de Fátima Ferreira, moradora da comunidade de Mamuna, afirmou ainda que os quilombolas vão “continuar a luta” pedindo apoio à outros movimentos como CCN e MST.

O MPF/MA já acompanha a situação por meio de Ação Civil Pública que tramita na Justiça Federal e vai apurar os fatos por meio de inquérito civil público.

As informações são da MPF/MA

Fonte: http://www.1cn.com.br/2010/10/6/quilombolas-nao-aceitam-acordo-para-ampliar-a-area-do-centro-de-lancamento-de-alcantara-5959.htm

Resposta à Reportagem de “O Estado de S.Paulo”

outubro 6, 2010
“A respeito da reportagem “Governo toma 11,3 mil hectares de quilombolas para bases em Alcântara”, a Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS) declara que seu Sítio de Lançamento situa-se dentro da área militar do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), não tendo a Binacional, portanto, qualquer interesse ou gerência a respeito de uma possível expansão do CLA.
A mudança do local de instalação do Sítio de Lançamento da ACS deu-se ainda em 2009, após assentada judicial firmada em março entre representantes da sociedade alcantarense, do poder público local, das comunidades quilombolas, da Justiça Federal no Maranhão, do Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão e da própria Binacional ACS.
Não é objetivo da ACS alterar o local de Sítio de Lançamento – ao contrário: é, inclusive, impossível fazer isso nesta fase do projeto, uma vez que todos os estudos para a implantação do Sítio de Lançamento foram feitos com base na localização atual, dentro do CLA. Ademais, a ACS já obteve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a Licença de Instalação (LI) liberando o início das obras na área dentro do CLA alugada à ACS.
Ressalte-se que a cessão de uso do solo do CLA para a instalação da Binacional ACS é onerosa. Mensalmente, a Binacional pagará à Aeronáutica R$ 113 mil.”
Fonte: Site da Alcântara Cyclone Space (ACS)
 
Fonte: http://brazilianspace.blogspot.com/2010/10/resposta-da-acs-reportagem-do-estadao.html

Agência fala em ‘proteger vida dos cidadãos’ da área em Alcântara

outubro 6, 2010

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, defendeu a ampliação da área em Alcântara, alegando que os 8,7 mil hectares disponíveis hoje são “insuficientes” para a execução de todas as tarefas atribuídas ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) – como o lançamento de foguetes e rastreamento e previsão de condições meteorológicas.

Para Ganem, a atividade espacial tem de ser caracterizada como “atividade de Estado”, para que os recursos não fiquem estritamente dependentes das decisões do governos.

“Ficar sem dados meteorológicos pode ser a diferença entre uma colheita virtuosa e uma completamente perdida, causando prejuízo de milhões aos agricultores e ao País. Além disso, as 108 mortes de Santa Catarina (em 2008), que tanto nos assustaram, poderiam ter sido evitadas ou minimizadas, se tivéssemos satélites desenvolvidos e lançados que nos repassassem essas informações preventivas”, justificou Carlos Ganem.

“Proteger a vida de cidadãos que estão à mercê de condições previsíveis é questão de segurança nacional”, acrescentou.

Benefícios. Segundo Ganem, a população de Alcântara está se beneficiando com a atividade econômica gerada pelo projeto.

A região, diz, poderá se tornar um polo de desenvolvimento, como é hoje São José dos Campos, no interior de São Paulo, que virou um centro da indústria aeronáutica brasileira.

A própria Aeronáutica, que ocupa a região desde a década de 80, lembra que tem executado diversos projetos de apoio à população. O Centro de Lançamento foi responsável pela construção do porto flutuante de embarque e desembarque de passageiros na sede do município de Alcântara, em 2002.

Além disso, informa, gerou empregos diretos e indiretos com a operação do centro, incrementando a economia local em cerca de R$ 5 milhões anualmente. A prefeitura de Alcântara, por exemplo, recolheu R$ 350 mil com o ISS pago pelo centro.

Ao defender a adoção completa do projeto, o presidente da agência lembrou que, para cada dólar investido em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), são gerados outros US$ 4 na economia da região. Ele citou ainda que em Kourou, na Guiana Francesa, que é responsável por 52% dos lançamentos de veículos para cargas, como satélites e outros, a realidade da região mudou com os investimentos na preservação da cultura local.
Com informações do ESTADÃO

Fonte: http://www.1cn.com.br/2010/10/5/agencia-fala-em-proteger-vida-dos-cidadaos-da-area-em-alcantara-5803.htm

Governo toma 11,3 mil hectares de quilombolas para bases em Alcântara

outubro 5, 2010

Para tornar viável economicamente o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e resolver o problema da disputa de terras com os quilombolas, o governo tomou duas decisões. Além de ampliar de 8,7 mil hectares para 20 mil hectares a área destinada à construção de um corredor de lançamentos de foguetes e equipamentos espaciais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que a Advocacia-Geral da União (AGU) faça um parecer técnico e jurídico consolidando a nova destinação das terras da região.

Silvio Ribeiro/AE

Silvio Ribeiro/AELocal do projeto. Por causa da disputa com 2 mil quilombolas, construção da sede da Cyclone Space chegou a ser ameaçada

Depois do parecer da AGU, os quilombolas residentes na área de Alcântara ainda ficarão com 42 mil novos hectares de terra. Essa definição, mesmo com a AGU ainda trabalhando no documento, foi fundamental para que o governo ucraniano não voltasse atrás na parceria com os brasileiros para construir dentro da base de Alcântara um sítio de lançamento do foguete Cyclone-4.

Brasil e Ucrânia criaram em agosto de 2006 a Alcântara Cyclone Space (ACS). A empresa binacional serve para incrementar a cooperação com o Brasil – para trabalhar no programa do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) – e, ao mesmo tempo, usar a base maranhense como plataforma de lançamento de satélites comerciais.

Por causa da disputa de terras envolvendo a Aeronáutica e cerca de 2 mil quilombolas, o início da obra da sede da empresa chegou a ser ameaçado.

A pedra fundamental da obra da Cyclone Space foi lançada em 10 de setembro passado e a expectativa da binacional é lançar o primeiro foguete em 2012. A ACS é responsável pela comercialização e operação de serviços de lançamento utilizando o veículo lançador Cyclone-4.

Acordo final. O governo decidiu ceder parte da área para os moradores da região e a expectativa é de que, depois do parecer da AGU, seja selado o acordo final para encerra a disputa.

O importante para o Planalto e os sócios do programa especial brasileiro é que o Centro de Lançamento de Alcântara tenha pelo menos 20 mil hectares de área contínua e correndo junto à costa – o que aumenta a segurança dos lançamentos.

Para fugir da disputa, a Cyclone Space chegou a pensar em se instalar fora da base de Alcântara, mas acabou optando pela fixação na área militar, pagando um aluguel de R$ 113 mil.

A parceria entre Brasil e Ucrânia previa investimentos de US$ 105 milhões de cada país, montante que já foi ampliado para US$ 475 milhões.

O presidente da ACS, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, procurou a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, atual candidata ao Palácio do Planalto pelo PT, para que incluísse o projeto no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A demanda está feita, mas o governo ainda não decidiu sobre a inclusão dos investimentos de Alcântara no PAC.

Economia. O espaço definido para o CLA permitirá a ampliação imediata de 3 para 15 das áreas de lançamento em Alcântara – mais adiante, pode chegar a 23, revertendo um período de dificuldades orçamentárias e técnicas que culminaram, em agosto de 2003, com a tragédia do incêndio e explosão da torre de lançamento, quando morreram 21 técnicos.

Por ser próximo da linha do Equador, o centro permite uma economia de 30% no gasto de combustível para o lançamento de foguetes. Isso permite ainda a ampliação em 30% da carga a ser transportada pelo equipamento, tornando o local muito atrativo e competitivo.

A cadeia de atividades espaciais no mundo movimenta US$ 250 bilhões. Cada lançamento pode render ao País de US$ 40 milhões a US$ 50 MILHÕES.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101005/not_imp620473,0.php

Operação Fogtrein II – 2010

outubro 4, 2010
Descrição da Capanha

 

Data do início da campanha: 13/09/2010
Operação: Operação Fogtrein II – 2010
Foguete: Foguete de Treinamento Básico (FTB)
Numero do vôo do foguete: 9
Data de lançamento: 20/09/2010
Horário: 15h10m
Local: Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
Apogeu do vôo: 26.45 km
Tempo de vôo: 2m30s
Objetivo: Colocar em operação os sistemas operacionais do Centro de Lançamento e treinar equipes para novas operações, principalmente para atividades de grande porte.
Resultado: Operação bem sucedida
Experimentos Embarcados:
– Não houve
Operação: Operação Fogtrein II – 2010
Foguete: Foguete de Treinamento Intermediário (FTI)
Numero do vôo do foguete: 2
Data de lançamento: 30/09/2010
Horário: 16h
Local: Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
Apogeu do vôo: 38.725m
Tempo de vôo: 192 s
Objetivo: Segundo vôo de qualificação desse foguete e colocar em operação os sistemas operacionais do Centro de Lançamento e treinar equipes para novas operações, principalmente para atividades de grande porte.
Resultado: Operação de sucesso parcial
Experimentos Embarcados:
– Não houve
Instituições Envolvidas:
AEB – Agência Espacial Brasileira
DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
CLBI – Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – Natal-RN
CLA – Centro de Lançamento de Alcântara – Alcântara-MA
IFI – Instituto de Fomento e Coordenação Industrial
AVIBRÁS – Avibrás Indústria Aeroespacial S/A

 

Lançamento do FTB – 20/09/2010
Lançamento do FTI – 30/09/2010

Fonte: Com informações do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
Fonte: http://brazilianspace.blogspot.com/2010/10/operacao-fogtrein-ii-2010.html

CLA lança Mais um Foguete de Treinamento

outubro 1, 2010
Operação ocorreu na tarde de ontem, no Centro de Lançamento de Alcântara;
foguete está em fase de qualificação para produção em série com fins comerciais

Bruna Castelo Branco
Enviada especial
01/10/2010

Divulgação/CLA
O foguete de treinamento lançado ontem do CLA
não atingiu o apogeu de 60 mil metros previstos

 

ALCÂNTARA – Para avaliar as correções feitas no projeto original do Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), foi realizado, às 16h de ontem, o lançamento do protótipo no qual foram identificados novos procedimentos que necessitam de correção tanto no foguete quanto em sistemas operacionais. A operação ocorreu no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
Esse foi o segundo lançamento do modelo desenvolvido pela empresa brasileira Avibras, cujo projeto está em fase de qualificação para que o mesmo seja produzido em série com fins comerciais. O lançamento integra a Operação FogTrein II, missão com fins de treinamento, avaliação dos sistemas operacionais do CLA, bem como desempenho do foguete.
Em agosto, foi realizado o primeiro lançamento do FTI. Na ocasião, o modelo apresentou falhas no motor que resultaram no mau desempenho e prejudicaram o apogeu do protótipo. Com base nessas falhas, foram realizadas algumas correções, mas, apesar das mudanças, o desempenho do motor também não atingiu ontem a expectativa esperada no lançamento. Para a atividade, existia a previsão de apogeu de 60 mil metros e o alcançado foi de apenas 38.725 m, em um tempo de vôo de 192 segundos, o equivalente a uma baixa de 36% em relação ao previsto.
“Quando realizamos o primeiro lançamento, percebemos falhas que prejudicaram o desempenho balístico do modelo. Fizemos algumas alterações e, mesmo assim, o foguete continuou apresentando resultado abaixo do esperado. Isso nos faz voltar a realizar estudos para entender o que estaria causando os problemas”, explicou o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara, coronel Ricardo Rodrigues Rangel, que também é coordenador-geral da operação.
Além do sistema balístico do foguete, com a operação, também foi possível identificar uma falha no sistema de ignição. Uma das chaves de segurança, antecipou-se 13 segundos na cronologia do lançamento. Uma falha desse tipo poderia prejudicar os resultados em casos de lançamentos de grande porte. “Nós temos três chaves de segurança, mas uma não funcionou como deveria acontecer. Agora, vamos investigar os motivos que levaram essa antecipação no acionamento”, detalhou o coronel Rangel.
Apesar das falhas identificadas na operação, o coronel Rangel considerou a Operação FogTrein II como bastante positiva, pois com ela foi possível avaliar melhor o foguete e na qual se identificou outros problemas que devem ser corrigidos para operações maiores.
“O foguete teve um comportamento de rotação, estabilização e transmissão de dados considerados perfeitos. Depois dessa avaliação, nós estamos programando dois outros lançamentos para o próximo ano, um no CLA e outro no Centro de Lançamento Barreira do Inferno, em Natal”, informou o diretor do CLA destacando a importância dos testes antes da produção em série do modelo FTI. “É fundamental que essas falhas sejam identificadas antes de realizar uma produção em série”, ressaltou.
Outras Atividades – Ainda este ano, estão previstas duas operações de lançamento no CLA, integrados a Operação Maracati. Na campanha, que será iniciada no dia 16 de novembro e se estenderá até 15 de dezembro, será lançado um Foguete Improved Orion e um VSB-30.
No caso do VSB-30, modelo de médio porte que integra o Programa de Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB), serão colocados em órbita cerca de 10 experimentos científicos para testes em microgravidade. “No caso deste lançamento, será necessário o resgate da carga útil, o que aumenta a complexidade da operação”, adiantou coronel Rangel.
Em relação aos testes da Torre Móvel de Integração (TMI), de onde serão realizadas atividades com foguetes de grande porte, incluindo o Veículo Lançador de Satélites (VLS), a programação foi alterada e as primeiras atividades, antes previstas para serem iniciadas neste mês, foram adiadas para fevereiro do próximo ano. “O atraso ocorreu por causa das obras, não teve nenhum problema operacional. Com a nova previsão, as simulações com o foguete foram adiadas”, informou.
MAIS
Dados do Lançamento
Modelo – Foguete de Treinamento Intermediário
Tamanho – 5.48 m
Apogeu – 38.725 m
Tempo de Vôo – 192 segundos
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão – pág. 06 – 30/09/2010
Comentário: Apesar da competente jornalista Bruna Castelo Branco também ter se equivocado com o nome da operação de lançamento de ontem e da operação que ocorrerá com o VSB-30, a mesma nos traz como de costume informações mais abrangentes sobre as atividades atualmente em curso no CLA. E infelizmente mais uma vez nota-se que história se repete constantemente no Programa Espacial Brasileiro. Enquanto em outros países se faz de tudo exitosamente na maioria das vezes para se cumprir os prazos pré-estabelecidos, no PEB esse quesito historicamente não tem qualquer importância e se muda de prazo como se troca de roupa. Nesse ritmo que vai, quando o VLS-1 colocar seu primeiro satélite no espaço o resultado tecnológico desse feito será tão pífio que não terá qualquer repercussão, nem mesmo perante a sociedade brasileira, pois os brasileiros mais afortunados estarão passando as suas férias nos hotéis em órbita e os menos afortunados lendo ou vendo isso acontecer através da mídia. Fora as nações que estarão dando passos na Lua, Marte e até mesmo em asteróides. Frustrante e extremamente lamentável.
  
Fonte: http://brazilianspace.blogspot.com/2010/10/cla-lanca-fti-para-corrigir-os-sistemas.html

ACS: binacional divulga informações

setembro 25, 2010

A binacional ucraniano-brasileira Alcântara Cyclone Space (ACS) divulgou ontem (23) um press release sobre o lançamento da pedra fundamental no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, no início deste mês. O texto traz algumas informações interessantes, como uma avaliação do mercado de lançamentos (com base em dados da Euroconsult).

Apesar dos dados da Euroconsult serem relativamente confiáveis (para algumas pessoas do mercado, até mesmo conservadores), a ACS não detalhou a faixa que pretender explorar, e nem como alcançará o número sugerido (seis) de lançamentos anuais. Dado avanço na materialização do projeto da joint-venture, seria bastante pertinente que a empresa divulgasse mais dados sobre o seu plano de negócios e estratégias para a superação dos principais “defeitos” – se assim pode-se chamar – da iniciativa ucraniano-brasileira. Do ponto de vista técnico, há fortes críticas e dúvidas quanto a baixa capacidade do Cyclone 4 em missões de perfil geoestacionário.

Abaixo, reproduzimos a íntegra do press release:

ACS lança Pedra Fundamental em Alcântara

23/09/2010

A Binacional brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space lançou, na manhã de 9 de setembro, as obras de construção do seu sítio de lançamento. Instalado onde futuramente será a entrada da ACS, o monumento foi inaugurado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e pelos diretores gerais da ACS, Roberto Amaral e Oleksandr Serdyuk.

Dentro da chamada Pedra Fundamental, Amaral e Serdyuk guardaram documentos importantes, que ficarão eternizados sob a placa de inauguração das obras. São os casos das licenças que permitiram à Binacional dar início às obras de seu sítio de lançamento e a publicação no Diário Oficial da União do Estatuto da ACS e do Tratado entre Brasil e Ucrânia.

Casa cheia

A cerimônia de lançamento teve início às 11h e durou cerca de uma hora. O público presente foi de aproximadamente 120 pessoas, entre elas autoridades como o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Igor Hrushkó, o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro-do-ar Ailton dos Santos Pohlmann, o comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional, Major-Brigadeiro Odil Martuchelli Ferreira, o comandante do Quarto Distrito Naval, Vice-almirante Rodrigo Otávio Fernandes de Honkis, o prefeito de Alcântara, Raimundo Soares, e vereadores do município. As comunidades quilombolas de Alcântara também estavam lá.

As obras do sítio de lançamento da Binacional terão início ainda em outubro de 2010. Atualmente, trabalha-se intensamente na supressão vegetal do terreno que abrigará o complexo espacial: uma área de quase 500 hectares do município alcantarense. A expectativa da Binacional é lançar o primeiro foguete Cyclone-4 em fevereiro de 2012.

Veículo lançador

Iniciadas as obras de construção do sítio de lançamento da ACS, chega a hora de voltar as atenções para o veículo lançador Cyclone-4, cujo desenvolvimento e construção estão ocorrendo na Ucrânia. O foguete brasileiro-ucraniano, que conta, paritariamente, com capital dividido entre Brasil e Ucrânia, está em fase final de produção. Assim que ficar pronto, o foguete será propriedade da ACS, igualmente de forma paritária.

O capital social da Binacional Alcântara Cyclone Space, somadas as parcelas que devem ser integralizadas por Brasil e Ucrânia, chega a US$ 487 milhões. Isso significa dizer que cada país investirá na ACS US$ 243,5 milhões até que a Binacional inicie suas operações comerciais, em 2012.

Mercado mundial

O mercado de transporte de satélites é segmentado por tipo de foguete, classificados pela carga que podem transportar, pelo seu alcance ou pela órbita na qual colocarão suas cargas úteis (satélites). A expectativa do mercado de satélites é que boa parte dos que hoje estão em operação na órbita terrestre sejam trocados até 2016. Isso é prova cabal de que o mercado não está estagnado.

De acordo com a estimativa da empresa Euroconsult, um dos líderes mundiais na área de consultoria da indústria espacial, o valor do mercado de lançamentos espaciais nos anos 2009 – 2018 vai atingir quase US$ 60 bilhões de dólares. O mercado é bastante variável, mas anualmente o valor beira a casa dos US$ 6 bilhões. Falando em crescimento do mercado, nos anos 1999 – 2008, o mercado de serviços de lançamentos espaciais faturou US$ 41 bilhões. Tendo isso em vista, espera-se, pois, um crescimento de quase 50%.

A Binacional ACS espera, a partir de 2016, lançar 6 foguetes Cyclone-4 anualmente a partir de seu sítio de lançamento, em Alcântara. De 2012 a 2015, a Binacional espera lançar de 1 a 4 foguetes por ano.

Porto

Atendendo a compromissos internacionais – como é o caso do Tratado entre o Brasil e a Ucrânia, o governo brasileiro deverá construir um porto em Alcântara, o qual, além de atender às necessidades do sítio de de lançamento da ACS, responderá a uma velha reivindicação da população local.

O Brasil e o Estado do Maranhão serão beneficiados com a instalação da referida obra, uma vez que agilizará o transporte de cargas e pessoas de São Luís a Alcântara (em nível regional) e, também, do exterior para o Maranhão (em nível global). Ressalte-se que grandes empresas atuam no Estado do Maranhão atualmente, gerando divisas para o Brasil.

É o caso da Vale, uma das maiores empresas do mundo, e que tem nada menos do que a maior obra de portos em construção do mundo, para receber cargueiros de 500 mil toneladas.

Benefícios para o Brasil

O Projeto Cyclone-4 fará com que o Brasil entre para o rol restritíssimo de países que detêm um programa espacial completo. Isso significa dizer que não mais dependeremos de uma terceira Nação para lançar ao espaço nossos satélites – que servem, entre outras coisas, para monitorar nossas riquezas, nossas fronteiras e nosso litoral.

Com nossos próprios satélites, seremos donos de nossas próprias informações, e não meros receptores de informações sobre nosso País advindas de satélites alugados de outros países.

MA-106

As obras da MA-106 (essa estrada já existia; está sendo reformada e recapeada), indispensáveis enquanto o porto não é construído, custarão R$ 17 milhões. Vale ressaltar que essa estrada é indispensável não apenas para o Projeto Cyclone-4, mas também para a comunidade alcantarense – sobretudo as comunidades quilombolas, uma vez que a mesma faz a ligação interna entre elas. Trata-se de investimento da União no Município de Alcântara que ali permanecerá, para uso das populações.

Possuindo condições geográficas similares às do sítio de lançamento da Binacional ACS, o Centro Espacial Guianês, em Kourou, na Guiana Francesa, custou mais do que custará o sítio da ACS – e ainda há muito o que fazer ali. A respeito disso, ressalte-se que o Centro Espacial Guianês está sendo ampliado: a União Europeia está construindo o sítio do lançamento do foguete russo Soyuz ali.

Os investimentos em Kourou durante os nove anos de desenvolvimento do sítio de lançamento para o veículo Ariane 5 estão na ordem de US$ 3 bilhões de dólares, o que corresponde a uma receita anual de US$ 600 milhões. Tal valor representa nada menos do que 35% do Produto Interno Bruto (PIB) da Guiana Francesa.

Fonte: http://panoramaespacial.blogspot.com/2010/09/acs-binacional-divulga-informacoes.html

Em pleno vapor, Centro de Lançamento de Alcântara lança foguete

setembro 21, 2010

Com informações do CLA

SÃO LUÍS – Lançado com sucesso, na tarde desta segunda-feira (20), o primeiro foguete da “Operação Fogtrein II 2010″, que se estende até o fim deste mês, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O lançamento do Foguete de Treinamento Básico (FTB) ocorreu às 15h10. De acordo com o diretor do CLA e coordenador do projeto “Fogtrein”, coronel-aviador Ricardo Rodrigues Rangel, o foguete atingiu seu apogeu a pouco mais de 26 mil metros do solo – quatro mil a menos do que o esperado -, com 160 segundos de voo até a queda a 11 quilômetros da costa, em alto-mar.

O foguete é desenvolvido pelo Comando da Aeronáutica (Comaer) em conjunto com a Avibras Indústria Aeroespacial. O objetivo é colocar, no mercado mundial, um foguete de baixo custo, utilizado para treinamento operacional. O foguete suborbital, em fase de certificação, é capaz de atingir apogeu a 30 mil metros de altitude, com altíssimo nível de estabilidade de voo e de transmissão de dados.

A “Operação Fogtrein II 2010″ ocorre até o próximo dia 30 de setembro. No dia 28, está previsto o lançamento do segundo foguete, desta vez o Foguete de Treinamento Intermediário (FTI). O FTI alcança, de acordo com o CLA, apogeu de 60 mil metros de apogeu e alcance de 90 km, com capacidade de portar experimentos científicos.

O objetivo da operação é lançar e rastrear os foguetes para fins de certificação, além de treinar a equipe de tecnologistas e equipamentos do CLA, a fim de manter condições operacionais para futuros lançamentos de médio e grande porte, como o do Veículo Lançador de Satélites (VLS), foguete brasileiro desenvolvido com a finalidade de colocar satélites em órbita, previsto para ser lançado nos próximos anos do CLA. Em entrevista coletiva à Imprensa após a Operação Falcão I, em abril deste ano, o diretor do CLA, afirmou que há três datas previstas para lançamento do VLS: 2012, 2013 e 2014.

Fonte: http://mauricioaraya.wordpress.com/2010/09/20/em-pleno-vapor-centro-de-lancamento-de-alcantara-lanca-foguete/

Centro de Lançamento de Alcântara realiza operação com foguete de treinamento

setembro 20, 2010

O Centro de Lançamento de Alcântara realiza até o dia 30 de setembro, a Operação Fogtrein II – 2010, em continuidade ao programa de lançamentos de foguetes de treinamento previstos para este ano. A operação será composta por dois lançamentos: um Foguete de Treinamento Básico (FTB), no dia 20 de setembro (previsão), e um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI), no próximo dia 28 (previsão).

O FTB é o primeiro veículo desenvolvido pelo Projeto FOGTREIN, do Comando da Aeronáutica (COMAER) em conjunto com a AVIBRAS, que tem como objetivo colocar no mercado mundial um foguete de baixo custo, utilizado para treinamento operacional. O foguete suborbital, em fase de certificação, atinge seu apogeu a 30.000 metros de altitude, com altíssimo nível de estabilidade de vôo e de transmissão de dados.

Como segunda etapa da operação, será lançado um FTI. Foguete intermediário da família FOGTREIN, o FTI realizou seu primeiro vôo no dia 3 de agosto deste ano, no CLA. Seu próximo vôo será realizado ainda nesta operação, para testar os aperfeiçoamentos realizados em sua estrutura aerodinâmica, a fim de que, após sua certificação, seja comercializado. Vários são os diferenciais deste engenho suborbital, pois é dotado de instrumentos de vôo de última geração, com total interatividade com o seu sistema de comando em terra. Com capacidade de transportar até 30kg de carga útil e de baixo custo operacional, o FTI dará oportunidade às universidades e centros de pesquisa de realizar experimentos com maior freqüência e precisão de dados.

Os lançamentos de FTB e FTI, ocorridos neste ano, têm como objetivo a manutenção do treinamento dos profissionais do Centro de Lançamento de Alcântara. Este tipo de exercício eleva o nível operacional do CLA e mantém constante o exercício de suas atividades-fim: preparação, lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais.

Leia mais (Read More): Centro de Lançamento de Alcântara realiza operação com foguete de treinamento | Poder Aéreo – Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil

Fonte: http://www.aereo.jor.br/2010/09/20/centro-de-lancamento-de-alcantara-realiza-operacao-com-foguete-de-treinamento/