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Operação deflagrada pela Polícia Civil prende quadrilha de homicidas e traficantes em Balsas

agosto 16, 2010

Na última sexta-feira (13), a Polícia Civil de Balsas deliberou uma operação, reunindo todo efetivo policial com o intuito de prender uma quadrilha de homicidas e traficantes que agia no município. A ação policial teve a participação do juiz da 2º Vara Criminal da região, Marco André Tavares Teixeira e do promotor Sérgio Ricardo Souza Martins, e contou também com a colaboração de policiais militares da região.
A ação foi deflagrada para cumprir quatro mandados de prisão preventiva e três mandados de busca domiciliar e apreensão nas residências dos acusados Flávio Lima da Silva, Ronaldo dos Reis Vieira, Simone Pereira da Silva, Raimunda Rodrigues dos Anjos, Materna Alves dos Santos e Dancley Lima, naturais de Balsas. Eles estão sendo indiciados pelo homicídio que vitimou o taxista José Xavier de Abreu, crime este ocorrido no dia 8 de maio deste ano, com requintes de crueldade.
De acordo com as investigações, o crime foi executado pelos elementos Flávio Lima e Pedro Silva, e na época chocou os moradores da cidade, pois eles teriam arrancados os olhos e a língua das vítimas. Segundo a polícia, o corpo de José apresentava vários sinais de tortura e duas perfurações por projéteis de arma de fogo.
O bárbaro homicídio teria sido cometido a mando de Raimunda Rodrigues e Materna Alves, segundo relatou o delegado Clécio Zottis, titular da Delegacia de Balsas, e a motivação seria uma desavença entre ambos e o taxista, pelo fato de desconfiarem que a vítima teria denunciado uma boca de fumo em que eles faziam parte.
O titular da delegacia de Balsas disse que Flavio e Pedro são elementos de alta periculosidade, e há vinte dias, cometeram um duplo homicídio na zona rural de Balsas, que vitimou o casal de idosos Antonio Pereira da Silva e Eva Leão da Silva, assassinados com várias perfurações de facas. Além disso, eles são apontados como autores de uma tentativa de homicídio contra uma adolescente de 16 anos de idade. Todos esses crimes foram cometidos em um curto período de três meses. Pedro ainda é acusado de ter vendido uma arma de fogo que pertencia ao casal de idosos, roubada no dia do crime.

Tráfico de drogas
Além destes mandados de prisão cumpridos, a Polícia efetuou busca e apreensão em três residências. Na de Raimunda Rodrigues, foi apreendida uma porção de maconha prensada, além de produtos de crimes, que eram trocados por drogas. Já na casa de Materna Alves, os policiais encontraram sessenta pedras de crack, câmeras digitais, aparelhos celulares de várias marcas e caixas de som; e em poder de Dancley Lima existia uma grande quantidade de crack e a quantia de R$ 313,00 em dinheiro.
As investigações foram intensificadas após a prisão de Simone Pereira da Silva no início do mês d início deste mês em uma casa de prostituição da região. A acusada permaneceu detida na Delegacia de São Raimundo das Mangabeiras, para que tivesse assegurada sua integridade, e para não intervir na conclusão das investigações, uma vez que a mesma identificou todos os participantes. 
Flávio responderá pelos crimes de latrocínio e homicídio duplamente qualificado. Já os demais serão autuados pelo crime de homicídio duplamente qualificado e tráfico de drogas. Ambos ficarão detidos na Delegacia da região até que seja concluído o inquérito.

Raimunda Rodrigues dos Anjos

Ronaldo dos Reis Vieira

Materna

Pedro Pereira da Silva

Fonte: http://www.sesec.ma.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=276:operacao-deflagrada-pela-policia-civil-prende-quadrilha-de-homicidas-e-traficantes-em-balsas&catid=1:noticias&Itemid=58

MARANHÃO TERÁ UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES DA EMBRAPA

julho 17, 2010

No próximo mês, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, inicia a instalação de uma Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS)em Balsas (MA). Por meio de emenda parlamentar, foram destinados R$ 800 mil reais para a implantação da unidade.

A UBS consiste basicamente num galpão de armazenamento e máquinas que fazem a seleção e o beneficiamento das sementes. A iniciativa vai aumentar a eficiência da Empresa na produção de sementes e atender a demanda do setor produtivo de grãos da região, apontada como um grande pólo de desenvolvimento agrícola do País.

As vantagens são apontadas pelo gerente geral da Embrapa Transferência de Tecnologia, José Roberto Rodrigues Peres, que coordenará o processo de implantação da UBS. “É uma possibilidade de dar ênfase na organização da produção de grãos na agricultura familiar, melhorando a qualidade da semente e oferta de alimentos”, avalia Peres.

Recursos – A instalação da Unidade de Beneficiamento foi uma demanda da Embrapa articulada junto aos parlamentares da bancada do Maranhão pela Assessoria de Relações Nacionais (ARN) da Empresa e pela Embrapa Transferência de Tecnologia. Emenda individual ao Orçamento Federal de autoria do deputado Roberto Rocha foi aprovada e os recursos foram destinados à obra, que o parlamentar espera ver iniciada em 30 dias e concluída ainda em 2008.

“A iniciativa é muito significativa para Balsas que é um grande produtor de alimentos para toda a região”, avalia Rocha. Em dezembro último, o deputado representou o governador do Maranhão, Jackson Lago, em reunião realizada na sede da Embrapa, em Brasília/DF, para discutir o fortalecimento da cooperação técnica nas áreas de sementes e transferência de tecnologia entre a Empresa e aquele estado. Na ocasião, encontro foi coordenado pelos diretores-executivos da Empresa Kepler Euclides e Tatiana Deane de Abreu Sá.

Fonte: http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,257254,MARANHAO_TERA_UNIDADE_DE_BENEFICIAMENTO_DE_SEMENTES_DA_EMBRAPA,257254,2.htm

Cerrado maranhense na mira de grupo estrangeiros

julho 13, 2010

O cerrado maranhense poderá ser totalmente destruído e com maior celeridade, caso sejam concluídos negócios com a Coréia do Sul e a China para a implantação de projetos de culturas extensivas. Os municípios de Balsas, Grajaú, Tasso Fragoso, Alto Parnaíba e outros em dimensões menores integram os interesses do capitalismo internacional para a produção de soja, arroz, milho, banana e óleos vegetais com a finalidade exclusiva para a exportação. Segundo a organização não governamental Repórter Brasil, o município de Balsas é o sexto em todo o Brasil que mais destruiu áreas específicas do cerrado, atingindo 874,41 km² nos últimos seis anos. Também merecem atenção nas pesquisas, as cidades maranhenses de Alto Parnaíba, Grajaú, Tasso Fragoso e Barra do Corda.

Por: Aldir Dantas

http://oquartopoder.com

Fonte: http://forumcarajas.org.br/portal.php?curtas&mostra&4190

Municípios do Maranhão e Piauí entre os que mais desmatam o Cerrado

maio 25, 2010
 
 Autor: Foto: Correio Braziliense

Balsas (MA) e Ribeiro Gonçalves (PI) , mostram que a opção de modelo rumo ao crescimento naufragou com o passar dos anos

Desenvolvimento: Ribeiro Gonçalves, no Piauí, com 6 mil habitantes, e Balsas, no Maranhão, com 100 mil, mesmo bem distintas, mostram que a opção de modelo rumo ao crescimento naufragou com o passar dos anos. A relação com o cerrado, a opção de desenvolvimento econômico adotada e os prognósticos desenhados para os próximos anos aproximam duas pequenas cidades no Nordeste brasileiro. Ribeiro Gonçalves, no sul do Piauí, recebeu as primeiras grandes plantações de soja e milho no fim da década de 1980. Quase 20 anos depois, continua liderando os índices de desmatamento do cerrado. Balsas está no sul do Maranhão e é outra cidade desde a penetração da soja, há 15 anos.

Na última safra do grão, foi colhido 1,1 milhão de toneladas, uma produção que só foi possível a um custo de 455 quilômetros quadrados de cerrado devastados entre 2002 e 2008. Tanto Ribeiro Gonçalves quanto Balsas já sentem os efeitos da estagnação econômica: o Produto Interno Bruto (PIB) per capita recuou entre 2003 e 2007.

Em Ribeiro Gonçalves, cidade com pouco mais de 6 mil habitantes, a renda dos moradores cai significativamente ao longo dos anos e se aproxima do mesmo nível médio em todo o estado do Piauí. Em quatro anos, o PIB da cidade perdeu R$ 12 milhões e os ganhos médios dos moradores passaram de R$ 8,4 mil para R$ 5,5 mil. A produção econômica no estado caminha em direção contrária: o PIB per capita saltou de R$ 2,9 mil para R$ 4,6 mil. “A cidade estava há muito tempo numa crescente, mas a grande baixa dos preços da soja e o aumento do custo dos insumos paralisaram a abertura de novas áreas”, afirma o secretário de Agricultura de Ribeiro Gonçalves, Artur Dias Pinheiro.

Depois de um desmatamento de 117 quilômetros quadrados em sete anos, o secretário diz que a “maior fiscalização” no sul do Piauí vem reduzindo o ímpeto da devastação. Não é o que mostram as imagens de satélite que monitoram a ocupação do cerrado. A soja produzida em Ribeiro Gonçalves segue in natura para a unidade esmagadora da Bunge, instalada em Uruçuí, a 120 quilômetros de Ribeiro Gonçalves.

Uruçuí é o oitavo município brasileiro que mais desmatou o cerrado, com 372 quilômetros quadrados devastados entre 2002 e 2008. O processamento da soja, e não apenas a produção do grão, fez aumentar a riqueza econômica na cidade.

O PIB em Uruçuí mais do que triplicou entre 2003 e 2007. “Aqui, na área de soja, só ficaram os grandes, quem tem estrutura”, ressalta o secretário de Agricultura de Ribeiro Gonçalves. A produção de grãos em Balsas, no Maranhão, uma cidade de 100 mil habitantes, está sendo salva pela instalação de uma granja de Pernambuco e pela presença cada vez maior de investidores estrangeiros, que passam a dominar a propriedade das terras no sul do estado. “Não entram mais pequenos proprietários”, afirma o secretário de Agricultura de Balsas, Francisco de Assis Souza.

Grandes produtores norteamericanos, argentinos, russos e coreanos compram espaçosas glebas de terra para plantar soja, milho, algodão e arroz. Esses investimentos não se traduziram numa ampliação significativa do PIB da cidade — ao contrário, houve redução do PIB per capita.

As monoculturas empreendidas pelos estrangeiros continuam ancoradas na política de desmatamento do cerrado. Balsas é o sexto município que mais desmatou o cerrado no país. Investidores norte-americanos e coreanos também chegaram à cidade que mais devastou o cerrado entre 2002 e 2008, Formosa do Rio Preto, na Bahia. Eles chegaram atraídos pelo preço da terra, pela quantidade suficiente de chuvas e pela perspectiva de desenvolvimento do transporte ferroviário na região.

Já são 350 mil hectares (3,5 mil quilômetros quadrados) de soja plantados nas imediações da cidade. E 1,4 mil quilômetros de cerrado desmatados em sete anos. “Ainda há espaço para mais soja”, diz o prefeito de Formosa do Rio Preto, Manoel Afonso de Araújo. A dependência de uma única atividade econômica, como é o caso da monocultura da soja ou da cana-de-açúcar, diminui a renda nas cidades, conforme conclusão de uma pesquisa do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). O ISPN coordena desde 1994 o PPP-Ecos, programa que já financiou 308 projetos de desenvolvimento sustentável no cerrado, um estímulo à geração de renda nas comunidades locais que convivem bem com o bioma. O programa é custeado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU).

A cidade estava há muito tempo numa crescente, mas a grande baixa dos preços da soja e o aumento do custo dos insumos paralisaram a abertura de novas áreas”, disse Artur Dias Pinheiro, secretário de Agricultura deRibeiro Gonçalves.

Levantamento feito pelo Correio mostra que as 50 cidades que mais desmataram o cerrado entre 2002 e 2008 não obtiveram o crescimento esperado, como justificam os defensores da devastação:

Na lista divulgada pelo Correio Braziliense aparecem sete cidades do Piauí, entre as 50 que mais desmataram, sendo elas: Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Currais, Palmeira do Piauí, Ribeiro Gonçalves.

As cidades que mais desmataram o cerrado entre 2002 e 2008 estão em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Maranhão, Bahia, Minas Gerais e Tocantins.

Em 66% desses municípios, o PIB cresceu menos do que o aumento registrado nos estados entre 2003 e 2007, conforme dados atualizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o PIB per capita, que é o valor do PIB para cada morador do município, teve uma evolução inferior às médias dos estados em 68% das cidades que mais desmataram o cerrado no período.

Depois de a soja modificar os cenários em municípios antes inexpressivos no Maranhão, no Piauí e em Mato Grosso, a dependência exclusiva à monocultura — que substituiu grandes pedaços de mata nativa de Cerrado — gerou uma retração da economia.

A evolução do PIB per capita chegou a ser negativa em Balsas, Tasso Fragoso e Alto Parnaíba, no Maranhão; Ipiranga do Norte e Tapurah, em Mato Grosso; e Ribeiro Gonçalves, no Piauí. “É esse o modelo de desenvolvimento nessas regiões: crescer e estagnar”, afirma o pesquisador Laerte Guimarães Ferreira, coordenador do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), que emite os alertas de desmatamento do cerrado (com a relação dos 50 maiores desmatadores) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. “O desenvolvimento nos municípios diretamente envolvidos com o desmatamento está aquém. Basta ver que a contribuição do PIB agropecuário para o PIB total é muito baixa.”

Por ser interpretado como uma vegetação de segunda categoria, o cerrado foi devastado sem cerimônias nas décadas de 1980 e de 1990. Fazia parte da política de governo ocupar o Centro-Oeste e o Nordeste brasileiros com o patrocínio do desmatamento do bioma. No fim da década de 90, depois de uma ocupação intensiva principalmente em Goiás e no Mato Grosso, as fronteiras agrícolas seguiram para o oeste da Bahia e o sul do Maranhão e do Piauí.

Fonte: http://racismoambiental.net.br/2010/05/municipios-do-maranhao-e-piaui-entre-os-que-mais-desmatam-o-cerrado/

Governo cria delegacias para combater crimes ambientais

abril 19, 2010

Fonte: http://imirante.globo.com/noticias/2010/04/19/pagina238711.shtml

SÃO LUÍS – O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão (Sema), criou duas delegacias de meio ambiente permanente (Imperatriz e Balsas) que irá atender toda a demanda ambiental da Região Tocantina, facilitando o sistema de vistorias, licenciamentos, manejos e reflorestamentos. Antes, toda a demanda regional era enviada para São Luís para análise técnica e judicial de todos os processos ambientais e com a criação dessas duas delegacias todo procedimento será feito nas cidades de Imperatriz e Balsas.

A criação destas duas unidades na Região Tocantina trará agilidade em todo o processo ambiental, desde a sua vistoria inicial até a finalização do procedimento de liberação de desmate e licenciamentos. “Essa descentralização valoriza o Sul do Maranhão e garante mais austeridade nas questões e dificuldades ambientais da região”, garante Washington Rio Branco, Secretário de Estado de Meio Ambiente.

As ações iniciais da Delegacia Ambiental de Imperatriz ocorreram na última quinta-feira (15), com duas vistorias padrões. A primeira delas analisou a documentação de licenciamento para a construção da ponte de concreto armado sobre o Riacho Bacuri, seguida de visita técnica da área designada para as obras.

A segunda ação ocorreeu no município de Carolina, com a vistoria e verificação do inventário florestal da Fazenda Volta do Rio, onde os engenheiros ambientais da Sema fizeram todo o mapeamento da área de desmate da propriedade, garantindo ao empreendedor condições legais para a substituição parcial da vegetação nativa pelo plantio de eucalipto.

MA: Liminar suspende ação do MP contra agentes da CPT de Balsas

abril 15, 2010

Fonte: Tatiana Félix -Adital www.adital.com.br citado em Forum Carajás

Desde o início deste ano, agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Maranhão têm sofrido perseguições, com denúncias de crimes de esbulho e formação de quadrilha por parte do Ministério Público em duas regiões do estado. O que motivou as denúncias foram duas ocupações de terra, que aconteceram nas cidades de Balsas e Palmirândia. De acordo com dados divulgados hoje pela CPT, só no Maranhão existem atualmente 186 casos de conflitos de terra, envolvendo mais de 15 mil famílias.

Esbulho possessório significa invasão de terreno ou edifício, de forma violenta ou com grave ameaça, ou ainda, quando duas ou mais pessoas objetivam tomar posse do local de modo a expulsar o possuidor. Sem violência, grave ameaça ou sem concurso de agentes não há crime.

No final do mês de março, uma mobilização na capital do estado, São Luís, a CPT e outras entidades de apoio entraram com um pedido de liminar na Defensoria Pública do Estado e que teve parecer favorável ontem (14). “Ontem foi concedida a liminar e por enquanto, a ação está suspensa até o julgamento do mérito. Acreditamos que o resultado final será positivo por falta de provas”, declarou o Padre Inaldo Serejo, integrante da CPT-MA. As famílias continuam nos terrenos.

Uma Moção de Repúdio e Solidariedade ao coordenador da CPT foi assinada por diversas entidades e movimentos sociais, condenando a denúncia do promotor Rosalvo Bezerra Lima Filho. O objetivo do documento foi “tornar pública a indignação e ao mesmo tempo manifestar repúdio por tal ato irresponsável que deve ser apurado pelas denúncias, pelas instâncias estaduais e nacionais de fiscalização, pois além de agravar, sobremaneira, a situação de famílias que vivem no limite do desespero, coloca indevidamente uma questão social para as esferas das polícias, prática rotineira das autoridades públicas brasileiras”.

A moção diz ainda “reafirmar que a legitimidade do ato dos ocupantes em edificar suas moradias em terreno urbano, sem aproveitamento, baldio, foi a única forma de garantir o direito humano à moradia, uma das bases da dignidade humana, já devidamente reconhecido por nossa Carta constitucional e a ocorrência é verificada devido à omissão das autoridades públicas em cumprir seu dever e não mediar esforço para sua completa efetivação”.

A suspeita dos agentes e das entidades que apoiam a CPT é de que o Ministério Público estaria defendendo o agronegócio, não exercendo, assim, seu papel de trabalhar em favor da população. “Há atualmente o avanço de grandes projetos no interior do estado, que o governo estadual ressalta ao dizer que o desenvolvimento chegou ao Maranhão”, relatou o religioso.

Segundo ele, esses grandes projetos agridem o meio ambiente e, há a expansão da plantação da soja e da cana-de-açúcar. “A posição da CPT é contrária a isso”, afirmou o padre.

Ocupações

Uma das ocupações aconteceu na cidade de Balsas, na região sul do Maranhão. Em dezembro do ano passado, famílias sem-teto ocuparam um terreno em área urbana, que havia sido doado pela prefeitura a uma associação de moradores e permanecia abandonado. Com esta iniciativa, um dos agentes da CPT em Balsas, Antônio Gomes de Morais, conhecido como Antônio Crioula, foi acusado, pelo promotor Rosalvo Bezerra Lima Filho, pela prática de crimes de esbulho e formação de quadrilha.

Embrapa inaugura centro de pesquisa em dezembro

março 11, 2010

Fonte: Portal do governo do Estado

O Centro de Pesquisa Agropecuária de Cocais e Planícies Inundadas da Embrapa, no Maranhão, será inaugurado, em dezembro. O anúncio foi feito pelo presidente da Embrapa, Pedro Arraes, durante visita à reserva do Itapiracó, local onde será construída a sede da Embrapa. O presidente estava acompanhado dos secretários de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Afonso Ribeiro e do Meio Ambiente, Washington Rio Branco.

Pedro Arraes informou que a implantação de uma unidade da Embrapa no Maranhão faz parte das metas do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa), que prevê investimentos da ordem de R$ 4 milhões para construção do Centro de Pesquisa e R$ 3 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. “Dos 87 hectares previstos para serem utilizados pela Embrapa, cerca de três ou quatro hectares serão destinados para a construção do centro. O restante da área vai ser preservada, já que faremos alguns experimentos que não irão prejudicar a reserva”, esclareceu ele.

Afonso Ribeiro afirmou que, ao assumir a Sagrima, uma de suas principais metas era a implantação do Centro de Pesquisa da Embrapa, que atenderá uma antiga reivindicação do setor agropecuário. “O governo do Estado vai auxiliar na identificação das demandas de pesquisa e, enquanto o centro não é inaugurado, a Embrapa funcionará provisoriamente na sede do Incra, com cerca de 60 funcionários”, revelou Afonso Ribeiro.

Após percorrer alguns trechos da área de reserva do Itapiracó, Pedro Arraes, Afonso Ribeiro e Washington Rio Branco, acompanhados do superintendente federal da Agricultura, Fernando Machado e do presidente da Faema, Hilton Coelho, reuniram-se com alguns líderes comunitários para esclarecer de como será a instalação da Embrapa na reserva do Itapiracó.

Também participaram da visita à área os chefes adjuntos da Embrapa, Luis Carlos Nogueira, de Pesquisa e Desenvolvimento; José Mário Frazão, de Comunicação e Negócios; e Eugênio Celso Araújo, de Administração, além de Valdemício Ferreira de Sousa e do assessor da presidência da Embrapa, Francisco Becker Reifschneider.

Com a instalação de uma unidade da Embrapa em São Luís, o órgão federal vai desenvolver projetos de pesquisa voltados para as regiões dos Cocais e da Baixada Maranhense, onde predominam, respectivamente, os cultivos do coco babaçu, da carnaúba e do arroz em vazante.

Além das unidades da Embrapa instaladas nos municípios de Balsas e Arari, existe um escritório da empresa na Uema, que é subordinado à Embrapa Meio Norte, sediada em Teresina-PI. A previsão é de que, enquanto as obras do centro de pesquisa sejam concluídas, o escritório será transferido para a sede do Incra até o final do mês de abril.

http://www.ma.gov.br/agencia/noticia.php?Id=7822