Posts Tagged ‘Alcântara Cyclone Space’

Resposta à Reportagem de “O Estado de S.Paulo”

outubro 6, 2010
“A respeito da reportagem “Governo toma 11,3 mil hectares de quilombolas para bases em Alcântara”, a Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS) declara que seu Sítio de Lançamento situa-se dentro da área militar do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), não tendo a Binacional, portanto, qualquer interesse ou gerência a respeito de uma possível expansão do CLA.
A mudança do local de instalação do Sítio de Lançamento da ACS deu-se ainda em 2009, após assentada judicial firmada em março entre representantes da sociedade alcantarense, do poder público local, das comunidades quilombolas, da Justiça Federal no Maranhão, do Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão e da própria Binacional ACS.
Não é objetivo da ACS alterar o local de Sítio de Lançamento – ao contrário: é, inclusive, impossível fazer isso nesta fase do projeto, uma vez que todos os estudos para a implantação do Sítio de Lançamento foram feitos com base na localização atual, dentro do CLA. Ademais, a ACS já obteve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a Licença de Instalação (LI) liberando o início das obras na área dentro do CLA alugada à ACS.
Ressalte-se que a cessão de uso do solo do CLA para a instalação da Binacional ACS é onerosa. Mensalmente, a Binacional pagará à Aeronáutica R$ 113 mil.”
Fonte: Site da Alcântara Cyclone Space (ACS)
 
Fonte: http://brazilianspace.blogspot.com/2010/10/resposta-da-acs-reportagem-do-estadao.html

Governo toma 11,3 mil hectares de quilombolas para bases em Alcântara

outubro 5, 2010

Para tornar viável economicamente o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e resolver o problema da disputa de terras com os quilombolas, o governo tomou duas decisões. Além de ampliar de 8,7 mil hectares para 20 mil hectares a área destinada à construção de um corredor de lançamentos de foguetes e equipamentos espaciais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que a Advocacia-Geral da União (AGU) faça um parecer técnico e jurídico consolidando a nova destinação das terras da região.

Silvio Ribeiro/AE

Silvio Ribeiro/AELocal do projeto. Por causa da disputa com 2 mil quilombolas, construção da sede da Cyclone Space chegou a ser ameaçada

Depois do parecer da AGU, os quilombolas residentes na área de Alcântara ainda ficarão com 42 mil novos hectares de terra. Essa definição, mesmo com a AGU ainda trabalhando no documento, foi fundamental para que o governo ucraniano não voltasse atrás na parceria com os brasileiros para construir dentro da base de Alcântara um sítio de lançamento do foguete Cyclone-4.

Brasil e Ucrânia criaram em agosto de 2006 a Alcântara Cyclone Space (ACS). A empresa binacional serve para incrementar a cooperação com o Brasil – para trabalhar no programa do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) – e, ao mesmo tempo, usar a base maranhense como plataforma de lançamento de satélites comerciais.

Por causa da disputa de terras envolvendo a Aeronáutica e cerca de 2 mil quilombolas, o início da obra da sede da empresa chegou a ser ameaçado.

A pedra fundamental da obra da Cyclone Space foi lançada em 10 de setembro passado e a expectativa da binacional é lançar o primeiro foguete em 2012. A ACS é responsável pela comercialização e operação de serviços de lançamento utilizando o veículo lançador Cyclone-4.

Acordo final. O governo decidiu ceder parte da área para os moradores da região e a expectativa é de que, depois do parecer da AGU, seja selado o acordo final para encerra a disputa.

O importante para o Planalto e os sócios do programa especial brasileiro é que o Centro de Lançamento de Alcântara tenha pelo menos 20 mil hectares de área contínua e correndo junto à costa – o que aumenta a segurança dos lançamentos.

Para fugir da disputa, a Cyclone Space chegou a pensar em se instalar fora da base de Alcântara, mas acabou optando pela fixação na área militar, pagando um aluguel de R$ 113 mil.

A parceria entre Brasil e Ucrânia previa investimentos de US$ 105 milhões de cada país, montante que já foi ampliado para US$ 475 milhões.

O presidente da ACS, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, procurou a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, atual candidata ao Palácio do Planalto pelo PT, para que incluísse o projeto no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A demanda está feita, mas o governo ainda não decidiu sobre a inclusão dos investimentos de Alcântara no PAC.

Economia. O espaço definido para o CLA permitirá a ampliação imediata de 3 para 15 das áreas de lançamento em Alcântara – mais adiante, pode chegar a 23, revertendo um período de dificuldades orçamentárias e técnicas que culminaram, em agosto de 2003, com a tragédia do incêndio e explosão da torre de lançamento, quando morreram 21 técnicos.

Por ser próximo da linha do Equador, o centro permite uma economia de 30% no gasto de combustível para o lançamento de foguetes. Isso permite ainda a ampliação em 30% da carga a ser transportada pelo equipamento, tornando o local muito atrativo e competitivo.

A cadeia de atividades espaciais no mundo movimenta US$ 250 bilhões. Cada lançamento pode render ao País de US$ 40 milhões a US$ 50 MILHÕES.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101005/not_imp620473,0.php

ACS: binacional divulga informações

setembro 25, 2010

A binacional ucraniano-brasileira Alcântara Cyclone Space (ACS) divulgou ontem (23) um press release sobre o lançamento da pedra fundamental no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, no início deste mês. O texto traz algumas informações interessantes, como uma avaliação do mercado de lançamentos (com base em dados da Euroconsult).

Apesar dos dados da Euroconsult serem relativamente confiáveis (para algumas pessoas do mercado, até mesmo conservadores), a ACS não detalhou a faixa que pretender explorar, e nem como alcançará o número sugerido (seis) de lançamentos anuais. Dado avanço na materialização do projeto da joint-venture, seria bastante pertinente que a empresa divulgasse mais dados sobre o seu plano de negócios e estratégias para a superação dos principais “defeitos” – se assim pode-se chamar – da iniciativa ucraniano-brasileira. Do ponto de vista técnico, há fortes críticas e dúvidas quanto a baixa capacidade do Cyclone 4 em missões de perfil geoestacionário.

Abaixo, reproduzimos a íntegra do press release:

ACS lança Pedra Fundamental em Alcântara

23/09/2010

A Binacional brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space lançou, na manhã de 9 de setembro, as obras de construção do seu sítio de lançamento. Instalado onde futuramente será a entrada da ACS, o monumento foi inaugurado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e pelos diretores gerais da ACS, Roberto Amaral e Oleksandr Serdyuk.

Dentro da chamada Pedra Fundamental, Amaral e Serdyuk guardaram documentos importantes, que ficarão eternizados sob a placa de inauguração das obras. São os casos das licenças que permitiram à Binacional dar início às obras de seu sítio de lançamento e a publicação no Diário Oficial da União do Estatuto da ACS e do Tratado entre Brasil e Ucrânia.

Casa cheia

A cerimônia de lançamento teve início às 11h e durou cerca de uma hora. O público presente foi de aproximadamente 120 pessoas, entre elas autoridades como o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Igor Hrushkó, o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro-do-ar Ailton dos Santos Pohlmann, o comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional, Major-Brigadeiro Odil Martuchelli Ferreira, o comandante do Quarto Distrito Naval, Vice-almirante Rodrigo Otávio Fernandes de Honkis, o prefeito de Alcântara, Raimundo Soares, e vereadores do município. As comunidades quilombolas de Alcântara também estavam lá.

As obras do sítio de lançamento da Binacional terão início ainda em outubro de 2010. Atualmente, trabalha-se intensamente na supressão vegetal do terreno que abrigará o complexo espacial: uma área de quase 500 hectares do município alcantarense. A expectativa da Binacional é lançar o primeiro foguete Cyclone-4 em fevereiro de 2012.

Veículo lançador

Iniciadas as obras de construção do sítio de lançamento da ACS, chega a hora de voltar as atenções para o veículo lançador Cyclone-4, cujo desenvolvimento e construção estão ocorrendo na Ucrânia. O foguete brasileiro-ucraniano, que conta, paritariamente, com capital dividido entre Brasil e Ucrânia, está em fase final de produção. Assim que ficar pronto, o foguete será propriedade da ACS, igualmente de forma paritária.

O capital social da Binacional Alcântara Cyclone Space, somadas as parcelas que devem ser integralizadas por Brasil e Ucrânia, chega a US$ 487 milhões. Isso significa dizer que cada país investirá na ACS US$ 243,5 milhões até que a Binacional inicie suas operações comerciais, em 2012.

Mercado mundial

O mercado de transporte de satélites é segmentado por tipo de foguete, classificados pela carga que podem transportar, pelo seu alcance ou pela órbita na qual colocarão suas cargas úteis (satélites). A expectativa do mercado de satélites é que boa parte dos que hoje estão em operação na órbita terrestre sejam trocados até 2016. Isso é prova cabal de que o mercado não está estagnado.

De acordo com a estimativa da empresa Euroconsult, um dos líderes mundiais na área de consultoria da indústria espacial, o valor do mercado de lançamentos espaciais nos anos 2009 – 2018 vai atingir quase US$ 60 bilhões de dólares. O mercado é bastante variável, mas anualmente o valor beira a casa dos US$ 6 bilhões. Falando em crescimento do mercado, nos anos 1999 – 2008, o mercado de serviços de lançamentos espaciais faturou US$ 41 bilhões. Tendo isso em vista, espera-se, pois, um crescimento de quase 50%.

A Binacional ACS espera, a partir de 2016, lançar 6 foguetes Cyclone-4 anualmente a partir de seu sítio de lançamento, em Alcântara. De 2012 a 2015, a Binacional espera lançar de 1 a 4 foguetes por ano.

Porto

Atendendo a compromissos internacionais – como é o caso do Tratado entre o Brasil e a Ucrânia, o governo brasileiro deverá construir um porto em Alcântara, o qual, além de atender às necessidades do sítio de de lançamento da ACS, responderá a uma velha reivindicação da população local.

O Brasil e o Estado do Maranhão serão beneficiados com a instalação da referida obra, uma vez que agilizará o transporte de cargas e pessoas de São Luís a Alcântara (em nível regional) e, também, do exterior para o Maranhão (em nível global). Ressalte-se que grandes empresas atuam no Estado do Maranhão atualmente, gerando divisas para o Brasil.

É o caso da Vale, uma das maiores empresas do mundo, e que tem nada menos do que a maior obra de portos em construção do mundo, para receber cargueiros de 500 mil toneladas.

Benefícios para o Brasil

O Projeto Cyclone-4 fará com que o Brasil entre para o rol restritíssimo de países que detêm um programa espacial completo. Isso significa dizer que não mais dependeremos de uma terceira Nação para lançar ao espaço nossos satélites – que servem, entre outras coisas, para monitorar nossas riquezas, nossas fronteiras e nosso litoral.

Com nossos próprios satélites, seremos donos de nossas próprias informações, e não meros receptores de informações sobre nosso País advindas de satélites alugados de outros países.

MA-106

As obras da MA-106 (essa estrada já existia; está sendo reformada e recapeada), indispensáveis enquanto o porto não é construído, custarão R$ 17 milhões. Vale ressaltar que essa estrada é indispensável não apenas para o Projeto Cyclone-4, mas também para a comunidade alcantarense – sobretudo as comunidades quilombolas, uma vez que a mesma faz a ligação interna entre elas. Trata-se de investimento da União no Município de Alcântara que ali permanecerá, para uso das populações.

Possuindo condições geográficas similares às do sítio de lançamento da Binacional ACS, o Centro Espacial Guianês, em Kourou, na Guiana Francesa, custou mais do que custará o sítio da ACS – e ainda há muito o que fazer ali. A respeito disso, ressalte-se que o Centro Espacial Guianês está sendo ampliado: a União Europeia está construindo o sítio do lançamento do foguete russo Soyuz ali.

Os investimentos em Kourou durante os nove anos de desenvolvimento do sítio de lançamento para o veículo Ariane 5 estão na ordem de US$ 3 bilhões de dólares, o que corresponde a uma receita anual de US$ 600 milhões. Tal valor representa nada menos do que 35% do Produto Interno Bruto (PIB) da Guiana Francesa.

Fonte: http://panoramaespacial.blogspot.com/2010/09/acs-binacional-divulga-informacoes.html

Primeiro voo do Cyclone 4: 2012 ou 2014?

setembro 13, 2010

Parece que ainda não consenso sobre a data do primeiro lançamento do foguete Cyclone 4 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

Conforme noticiamos na último dia 11, a informação divulgada pela Alcântara Cyclone Space (ACS) é categórica: o primeiro voo do lançador ucraniano ocorrerá em fevereiro de 2012. Nesse sentido, em seu discurso, Oleksander Serdyuk, o mais alto dirigente da Ucrânia na binacional, afirmou: “Prometemos que a nossa empresa vai cumprir os prazos colocados pelos governos do Brasil e Ucrânia, e no início de 2012, os senhores serão todos testemunhas do lançamento do foguete Cyclone 4 a partir de terras brasileiras”.

No entanto, em nota divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 10 de setembro, afirma-se que “ainda não há previsão de quando será lançado o primeiro foguete Cyclone-4. A intenção é que isso se dê até 2014.”

De fato, segundo informações que chegaram ao conhecimento do blog, nos bastidores, inclusive dentro da própria ACS, há quem trabalhe com o cenário do primeiro voo por volta de 2014. O “gargalo”, no entanto, não estaria necessariamente do lado brasileiro, que tem sido devidamente capitalizado, mas sim no ucraniano.

Fonte: http://panoramaespacial.blogspot.com/2010/09/primeiro-voo-do-cyclone-4-2012-ou-2014.html

Foguete nacional só deve decolar em 2015

setembro 11, 2010

Folhapress

Sete anos após o incêndio que matou 21 pessoas na base de Alcântara, Maranhão, finalmente a torre de lançamento do VLS-1, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro, está quase completa. Ela será inspecionada nesta quinta-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

O foguete, porém, só deve realizar um lançamento completo em 2015, quase uma década depois da promessa inicial do governo.

A previsão consta de um documento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Nele, o primeiro voo de teste do VLS-1, com apenas dois de seus quatro estágios, está agendado para 2012 ou 2013. Um teste do foguete completo, mas sem carga útil, ocorre até 2014.

O brigadeiro Francisco Pantoja, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão da Força Aérea que desenvolve o VLS, diz que o lançamento em 2015 só acontece no pior cenário. “Pode ser que o voo com carga útil aconteça antes. Tudo depende dos resultados dos ensaios”, diz.

Em agosto de 2003, quando a torre de integração do foguete pegou fogo, o então ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, prometeu o VLS para 2006.

Mas problemas na licitação da nova torre impediram que o IAE cumprisse o cronograma. Além disso, o projeto sofreu uma revisão completa, que levou à necessidade de novos testes.

ESTRANHO NO NINHO

Enquanto o VLS não vem, o país espera poder lançar de Alcântara outro foguete, o ucraniano Cyclone-4.

O Brasil criou com a Ucrânia uma empresa binacional, a ACS (Alcântara Cyclone Space), para vender lançamentos de satélite.

A empresa, cujo diretor brasileiro é Roberto Amaral, foi instituída em 2006. Ela terá sua pedra fundamental lançada hoje por Rezende.

A presença da ACS dentro do CLA (Centro de Lançamentos de Alcântara) incomoda militares, pois cria competição por recursos do programa espacial.

Enquanto o projeto do VLS e a infraestrutura associada estão no patamar dos R$ 60 milhões por ano, os investimentos em centros de lançamento –que incluem o CLA, mas também o sítio do Cyclone-4– chegaram a R$ 200 milhões em 2009.

O VLS é considerado por especialistas um “beco sem saída” tecnológico. Ele pode levar cargas úteis de apenas 150 kg, um décimo do peso de satélites como o sino-brasileiro CBERS. Rezende reconhece a limitação, mas aposta que o VLS poderia cada vez mais ser usado para microssatélites, tendência no setor.

Enquanto isso, o MCT quer usar o Cyclone para lançar um trio de satélites do Inpe a partir de 2012: o Amazônia-1 (de monitoramento de florestas), o Lattes (de astrofísica) e o GPM-Br (meteorológico).

Fonte: http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=343259

Ministro Sérgio Rezende visita obras de novo centro espacial brasileiro

setembro 9, 2010

Segunda, 06 de Setembro de 2010 – 08h23 – O Ministro da Ciência e Tecnologia Sergio Rezende visitará na próxima quinta-feira (09) os trabalhos de reconstrução do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, e dará início às obras do sítio de lançamento da binacional Alcântara Cyclone Space.

Orçada em 44,10 milhões de reais, as obras para a construção de uma nova plataforma de lançamento de foguetes será concluída ainda em dezembro deste ano. Ela irá substituir a plataforma anterior destruída em 2003, quando o foguete brasileiro VLS-1 explodiu durante os preparativos para o lançamento, matando 21 técnicos. Depois de concluída serão necessários mais seis meses para a formação, capacitação e treinamento das equipes.

A Sala de Controle do Centro de Lançamento de Alcântara também está sendo atualizada, e desde 2009 mais 21 posições operacionais distribuídas pelo centro estão sendo modernizados, como radares, subestações de energia, sistemas de comunicação por microondas e prédios operacionais do Setor de Preparação e Lançamentos de foguetes, entre outros. As obras custaram R$ 22,3 milhões.

A visita prevê o início das obras para a construção de um novo centro espacial da empresa Binacional de cooperação tecnológica entre Brasil e Ucrânia, a Alcântara Cyclone Space. Criada em 2007, a empresa irá explorar o mercado de lançamento de satélites com o foguete ucraniano Cyclone-4, lançados a partir da base de Alcântara.

Além do ministro estarão também no evento o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem, e os diretores gerais da binacional, Roberto Amaral e Oleksandr Serdyuk.

Fonte: http://www.ebandreporter.com.br/brasil/00001105-ministro_sergio_rezende_visita_obras_de_novo_centro_espacial_brasileiro.html

Odebrecht e Andrade Gutierrez a um passo de construir base de lançamento de foguetes

agosto 20, 2010

Consórcio formado pelas duas construtoras não passou por licitação; o início das obras será ainda em 2010, em Alcântara

Lançamento de foguete na Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte 

Lançamento na Barreira do Inferno (RN): Maranhão também prepara sua base

São Paulo – Segundo apurou EXAME, as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez acertam os últimos detalhes do contrato para a construção do sítio de lançamento de foguetes – batizados de Cyclone 4 – no Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão. O projeto, orçado inicialmente em 500 milhões de dólares, é gerido pela binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa criada em 2007 pelo governo federal, em parceria com o governo da Ucrânia.Os foguetes serão produzidos pela empresa ucraniana OJSC Azovobschemash e são apropriados para o transporte de satélites. O consórcio nacional será responsável pela construção do espaço físico do sítio de lançamento, em uma área de 8.700 hectares. O Ibama já aprovou os detalhes da obra e acompanha o processo de retirada da vegetação no local onde será construída a base.  Convite A licitação para escolher um entre os nove consórcios interessados na construção da base foi revogada em maio de 2010, por decisão do Conselho de Defesa Nacional, órgão consultivo da Presidência da República. O argumento utilizado pelo Conselho foi de que o projeto é de interesse público e visa à proteção da segurança nacional. Por isso, poderia ser acelerado por outros meios legais.

Os grupos interessados são Cyclone-Space (Serveng, Schahin, S.A. Paulista), EncalsoConvap-Hap, Nova Alcântara (CR, Almeida, Cesbe), OASConstran, Odebrecht-Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão-CariocaVital, CCPS Engenharia e Comércio, Camargo Corrêa e EMSA.  

Sem os trâmites da licitação, cartas-convite, chamadas também de RFP (Request for Proposal), foram enviadas aos nove consórcios. Segundo EXAME apurou, o consórcio formado por Odebrecht e Andrade Gutierrez é o que está em negociações mais avançadas com a Agência Espacial Brasileira e os representantes ucranianos para o início da obra. Fontes do setor afirmam que a construtora Camargo Corrêa, que entrou sozinha na disputa, também poderá integrar o consórcio escolhido.  

Procurada por EXAME, a Alcântara Cyclone Space negou que o consórcio já tenha sido escolhido. Andrade Gutierrez e Odebrecht não quiseram comentar sobre o tema. Já o Ministério da Defesa não havia respondido aos pedidos de entrevista até a publicação desta reportagem.  

Obras  

Apesar de não confirmar a escolha do consórcio, a binacional admite que a pedra fundamental do empreendimento será lançada no dia 8 de setembro deste ano, com a presença do presidente Lula. Ainda segundo a ACS, não teria sentido deixar a inauguração do projeto para depois das eleições, pois “é um marco político do atual governo”. As obras devem ser iniciadas ainda em 2010 e o lançamento do Cyclone 4 está previsto para 2012.  

Em maio, a Odebrecht formou uma joint venture com a EADS DS, empresa francesa que produz equipamentos de segurança e defesa, e que faz parte do grupo EADS, fabricante dos aviões Airbus. A parceria inclui transferência de tecnologia e a instalação de uma fábrica no Brasil. Na época, a Odebrecht negou que utilizaria a tecnologia aeroespacial da empresa. 

Fonte: http://portalexame.abril.com.br/negocios/noticias/odebrecht-andrade-gutierrez-passo-construir-base-lancamento-foguetes-589773.html  

ACS assina termo de entrega de área do CLA, no Maranhão

julho 8, 2010

Com informações da AEB

SÃO LUÍS – O diretor-geral brasileiro da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, e o diretor de Suprimentos e Qualidade, Valeriy Frolov, participaram do evento de assinatura do Termo de Entrega da área da ACS, nesta quinta-feira (1º), no Salão Nobre do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em Alcântara. O Comando da Aeronáutica alugou, à ACS, uma área de aproximadamente 500 hectares, ao norte do CLA, para que a binacional construa seu sítio de lançamento e, de lá, faça o lançamento dos veículos Cyclone-4.

A expectativa da ACS é que as obras tenham início ainda este ano, com o lançamento da Pedra Fundamental das obras, que está prevista para ocorrer no dia 16 de setembro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro foguete Cyclone-4 deve ir ao espaço em fevereiro de 2012.

Na oportunidade, foi apresentado o novo Sistema Plataforma de Lançamento do VLS-1 (Sisplat), para o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), foguete brasileiro desenvolvido com a finalidade de colocar, em órbita, satélites na órbita do planeta Terra. Equipes do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do CLA trabalham desde junho de 2009, no acompanhamento do Sisplat.

O Sisplat também é preparado para o lançamento de outros veículos de porte médio, com propulsores a combustível sólido ou líquido. O sistema é constituído pela Torre Móvel de Integração (TMI), Torre de Umbilicais (TU), Mesa de Lançamento (ML), Torre e Túnel de Escape (TTE), Casa de Equipamentos e Apoio, Sala de Interfaces Eletrônicas (SI), Sistema de Pressurização e Refrigeração, Sistema de Detecção e Alarme Contra Incêndio (SDACI), e Sistema de Proteção Contra Descargas atmosféricas (SPDA) e Sistemas Elétricos e de Automação (SEA).

A TMI é constituída por uma estrutura metálica equipada com sistema de trilhos entre as posições de montagem, testes e lançamento. Ao lado da TMI, está a TTE, uma torre em concreto ligada a um túnel de escape subterrâneo para os funcionários, que dá o acesso a uma área distante dos gases em caso de um acidente semelhante ao que aconteceu em agosto de 2003. Entre as novidades do novo sistema, está o sistema de monitoramento e operação à distância, com transmissão de dados via fibra ótica para o acionamento de portas e plataformas, e para a movimentação da TMI.

Fonte: http://mauricioaraya.wordpress.com/2010/07/02/acs-assina-termo-de-entrega-de-area-do-cla-no-maranhao/